O livro 'A Origem das Espécies', lançado em 1859, causou perplexidade na sociedade e na própria comunidade científica da época. Mas aos poucos foi sendo aceita até que, entre as décadas de 1930 e 1950, houve consenso sobre a seleção natural como mecanismo básico da evolução.
Nascido em 12/2/1809, Charles Darwin morreu em 19/4/1882, aos 73 anos, deixando, entre outros registros, o seu trabalho em Galápagos. O arquipélago no Equador tornou-se uma espécie de símbolo dos estudos do grande biólogo, pois ali ele confirmou que as espécies variam conforme peculiaridades em sua adaptação às necessidades.
Um dos símbolos dessa descoberta foram os tentilhões. Darwin observou que eles variavam entre si de ilha para ilha. Isso teve tamanha repercussão que os historiadores passaram a chamar 'Os tentilhões de Darwin', 13 espécies de pequenos pássaros com diferenças na dieta, no habitat e no formato dos bicos.
Darwin percebeu que, embora todos fossem tentilhões, os que comiam insetos tinham bico fino; já os que se alimentavam de sementes tinha bico largo e duro. Darwin mostrou as adaptações de diversos animais ao seu ambiente e ao seu estilo de sobrevivência.
Conheça esse paraíso natural que abrigou o grande naturalista durante cinco anos, entrando para a história como um divisor de águas na ciência. Até hoje, Galápagos carrega essa fama de inspiração para o autor da Teoria da Evolução.
Há 192 anos, o Equador anexou as Ilhas Galápagos como território do país. O arquipélago passou a ser uma das 24 províncias equatorianas. Isso ocorreu em 12 de fevereiro de 1832 (coincidentemente, Darwin nasceu em 12/2 também, mas em 1809).
Chamadas oficialmente de Arquipélago de Colón, as ilhas Galápagos ficam no Oceano Pacífico, a cerca de 1.000 km da costa da América do Sul.
Uma das ilhas, Isabela, tem o formato de um cavalo marinho, vista do alto. Ela tem cinco vulcões com até 1.690 metros de altura.
O arquipélago tem dezenas de ilhas e rochedos de origem vulcânica. E, a princípio, foi essa atividade dos vulcões que atraiu Charles Darwin à região. Mas ele acabou encontrando uma fauna diversificada que prendeu sua atenção.
As Ilhas Galápagos, inclusive, são o habitat de várias espécies endêmicas (que só existem em certa região). E esses animais, muitas vezes, têm características únicas que os diferenciam de outros da espécie que vivem fora de Galápagos. Eis o encanto.
Tartaruga gigante das Galápagos - É a maior espécie de tartaruga no planeta e o 10º réptil mais pesado do mundo. Pode chegar a 400 kg, com 1,80m de comprimento. E é um dos vertebrados que vivem por mais tempo: até 170 anos! A tartaruga é herbívora: come frutas, folhas e cactos.
Iguana marinha das Galápagos - Único lagarto do mundo com hábitos marinhos. Vive em áreas rochosas de beira-mar e come algas. Pode passar até uma hora debaixo da água.
Pinguim das Galápagos - Única espécie de pinguins encontrada no hemisfério norte. Tem 50 cm de altura e 2 kg, em média. Suas asas medem 23 cm e seu corpo é branco e preto com nuances azuladas. Fazem ninhos nas cavidades das rochas.
Leão-marinho das Galápagos - Também chamado de lobo marinho, faz a reprodução em local rochoso ou arenoso. Tem apenas um filhote por ano e não migra. Alimenta-se à noite, quando as presas se aproximam da superfície do mar. Gosta de peixe-pescador.
Cormorão das Galápagos - A espécie nativa das Galápagos é o único cormorão que não voa. Os músculos de voo são atrofiados. Esse cormorão é excelente nadador e busca suas presas no mar: peixes e enguias.
Falcão das Galápagos - É um dos falcões mais rápidos do mundo. Ultrapassa 320 km/h para capturar uma presa.
Fregata - O seu nome está relacionado ao hábito de assaltar outras aves marinhas, como as fragatas de guerra. Tem asas de 1 metro de comprimento e 2 de envergadura. Cauda longa e bifurcada. É rápida no voo sobre o mar e se reproduz em penhascos.
E aqui está o singularíssimo atobá de patas azuis, que tem nas patas o grande afrodisíaco. Quando mais forte o azul, mais facilmente o macho atrai a fêmea. E ele até 'dança' no ritual.