No dia 11 de março, foi divulgado um trailer de “A Primeira Profecia”, produção com estreia prevista para dia 4 de abril nos cinemas brasileiros.
A trama, dirigida por Arkasha Stevenson, gira em torno de uma jovem norte-americana aspirante a freira que se muda para Roma para trabalhar em um orfanato.
No local, a personagem interpretada por Nell Tiger Free começa a ter contato com situações aterrorizantes que a fazem questionar a própria fé.
Sônia Braga, de 73 anos, faz o papel da madre superiora do orfanato romano onde se passa a história.
Este é mais um de muitos trabalhos internacionais de Sônia Braga. Em 1985, a atriz ganhou destaque em “O Beijo da Mulher Aranha”, dirigido pelo argentino naturalizado brasileiro Hector Babenco (1946-2016).
Sônia Braga nasceu em Maringá, no Paraná, em 1950, e tem mais de 50 anos de carreira na TV, teatro e cinema.
Em 1969, atuou em sua primeira novela, “A Menina do Veleiro Azul”, na extinta TV Excelsior. Ela também participou da versão brasileira da série infantil Vila Sésamo.
Nos anos 70, trabalhou em diversas novelas da Globo, como “Irmãos Coragem” e “Selva de Pedra”.
A consagração, porém, veio em “Gabriela”, de 1975, quando fez a personagem principal na adaptação do romance de Jorge Amado.
Oito anos depois, voltou a interpretar a personagem na versão cinematográfica, “Gabriela Cravo e Canela”, com direção de Bruno Barreto. No filme de 1983, ela contracena com o famoso ator italiano Marcello Mastroianni.
Uma outra novela protagonizada pela atriz paranaense nos anos 70 foi a celebrada “Dancin’ Days.
Na mesma década de 70, Sônia Braga estrelou os filmes “A Dama do Lotação” (1978), baseado conto de Nelson Rodrigues, e 'Dona Flor e Seus Dois Maridos” (1976), de Bruno Barreto, em outra adaptação de romance de Jorge Amado.
Com 10,7 milhões de espectadores, “Dona Flor e Seus Dois Maridos” foi a maior bilheteria da história do cinema brasileiro por 34 anos, até a estreia de “Tropa de Elite 2”.
Sônia Braga foi a primeira brasileira a apresentar uma categoria do Oscar. Em 1987, ao lado de Michael Douglas, ela fez as honras aos indicados na categoria melhor curta-metragem.
A atriz brasileira foi indicada ao Globo de Ouro em 1986 (“O Beijo da Mulher Aranha”) e 1989 (“Luar Sobre o Parador”).
Em 1996, ela fez a personagem-título em “Tieta do Agreste”, de Cacá Diegues. O filme foi selecionado para representar o Brasil no Oscar, mas não entrou na lista de indicações.
Nos últimos anos, Sônia Braga teve destaque em dois filmes do cineasta brasileiro Kleber Mendonça Filho: “Aquarius” (2016) e “Bacurau” (2019).
“Bacurau” venceu o prêmio do júri no Festival de Cannes de 2019 ao lado do drama francês “Les Misérables”. Na trama, Sônia Braga vive a médica Domingas no povoado que dá título ao filme.
Sônia Braga foi casada de 1970 a 1976 com o ator italiano Arduíno Colassanti e, entre 1980 e 1988 com o fotógrafo Antonio Guerreiro.
Ela é tia da também atriz Alice Braga (“Cidade de Deus” e “Eu Sou a Lenda”), que é filha da sua irmã Ana Braga.