A espada ficará com as autoridades, pois há uma lei no Reino Unido que exige a entrega de objetos com mais de 300 anos para as instituições que cuidam da história. Se o valor for comprovado, a pessoa é recompensada. A espada estava no Rio Cherwell, afluente do famoso Tamisa, na região central. E aquele trecho é gerenciado por uma entidade de caridade.
Outros artefatos viking já foram encontrados e sempre chamam atenção. Recentemente, arqueólogos do da Universidade de Stavanger descobriram uma construção que teria sido um mercado da Era Viking na ilha de Klosterøy, na costa sudoeste da Noruega.
A descoberta foi feita numa fazenda, em setembro de 2023, com uso de tecnologias de radar de penetração no solo.
Objetos que pertenceram a povos extintos têm grande valor na Arqueologia e revelam costumes de diferentes épocas. Recentemente, duas cruzes da Era Viking foram encontradas em uma igreja na Ilha de Man, entre a Inglaterra e a Irlanda.
Os itens ficaram evidentes após uma parede da catedral cair durante uma tempestade. Depois de uma análise minuciosa, a avaliação indicou que os artefatos permaneciam no local por 200 anos sem serem percebidos.
Aliás, segundo especialistas do Manx National Heritage, a pedra que compõe os objetos possui mais de mil anos. Além disso, ressaltaram que as cruzes são uma das maiores heranças da fé cristã e da influência viking na região.
Essa descoberta permitirá aos estudiosos entender os estilos e técnicas de entalhe desses períodos.
Os vikings eram um povo de origem germânica que surgiu na região da Escandinávia. Eles se transformaram em guerreiros, exploradores e piratas nórdicos.
Afinal decidiram expandir seu território através de incursões em navios conhecidos como dracares. Esse período ficou conhecido como “Era Viking”, e eles saqueavam as áreas atacadas.
A sua primeira grande investida teve como alvo as ilhas britânicas e os ataques se tornaram frequentes. A propósito, os vikings conseguiram dominar a maior parte da Irlanda e da Inglaterra, chegando próximo à Escócia.
Essa movimentação foi imprescindível para esse povo escandinavo influenciar na formação da população britânica e irlandesa.
Os principais alvos dos vikings durante as incursões eram os mosteiros e igrejas. Assim, os clérigos propagaram uma má reputação dos vikings como violentos e bárbaros.
Aliás, o monge inglês Alcuíno (no meio) chegou a declarar que esse povo nórdico era um castigo divino por sua estratégia de expandir seu território através de ataques, embora, ao longo da história, cristãos também tenham agido com violência em muitos momentos.
Posteriormente, os vikings planejaram dominar outras áreas da Europa como a Frância Ocidental. Após algumas tentativas, em 845, os exploradores tiveram sucesso e impuseram ao rei Carlos, o Calvo, o pagamento de impostos.
Assim, o líder da Frância cedeu a região da Normandia ao povo nórdico. Por sinal, o nome vem da palavra “nordmanni”, que significa homens do norte (alusão aos vikings). Como retribuição, eles contribuíram na defesa do literal francês.
O povo viking adotava uma religião politeísta, ou seja, a crença em vários deuses como, por exemplo, Odin (foto), Thor e Týr. Os historiadores nomearam a crença deles como “paganismo nórdico”.
A propósito, o culto aos deuses com os vikings ocorria de maneira privada e individual. Também de forma coletiva, mas em determinados períodos do ano. Um exemplo disso é o Yule, para solicitar boas colheitas.
O evento, no solstício de inverno, tinha uma sequência de sacrifícios aos deuses. Alguns estudiosos apontam que o Yule ocorria para homenagear os mortos. Outros dizem que era uma celebração para assegurar fertilidade e sobrevivência durante o rigoroso inverno.
Depois do contato com os vikings, os cristãos se apoderaram da cerimônia para criar o Natal, festividade que celebra o nascimento de Jesus Cristo. A partir do século X, a religião do povo nórdico foi enfraquecendo e passou por uma cristianização.
A sociedade viking possuía uma divisão de classes. A autoridade máxima era o rei ou konungr (foto) e seu poder era hereditário, permanecia na família, mas não necessariamente com seus filhos. Os nobres ou jarls eram donos de grandes exércitos e eram influentes politicamente.
Já os homens livres ou karls eram os camponeses que eram comerciantes e fazendeiros. A classe mais baixa era formada por escravos, vistos como propriedade de outras pessoas como consequência da guerra ou de dívidas.
Na estrutura familiar, o homem era gestor da casa e a mulher ficava responsável por atividades domésticas. As famílias eram compostas por marido, mulher e filhos (geralmente, um a três).
A agricultura era a principal ocupação e base de subsistência. O artesanato também possuía destaque, assim como o comércio marítimo.