Só em São Paulo, nove locais foram afetados, incluindo um da Folha de São Paulo, outro do Itaú e um terceiro do grupo TV Mundial.
A decisão foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta terça-feira (30/02).
Esse tipo de ação administrativa se baseia na Resolução 158 da ANAC, de 13 de julho de 2010, que é permitida quando um aeródromo fica inativo por mais de seis meses ou após 180 dias do vencimento da inscrição.
Essa medida também pode ser aplicada quando há ameaças à segurança dos voos ou algum tipo de risco para a aviação civil. Também é válida em situações conflitantes com leis municipais, estaduais, federais ou ambientais.
A lista da ANAC inclui: quatro locais em Roraima, dois em Minas Gerais, nove em São Paulo, três no Mato Grosso, dois em Tocantins, um em Mato Grosso do Sul, um no Distrito Federal, dois no Espírito Santo, dois no Rio de Janeiro e dois no Maranhão.
São Paulo, por exemplo, é a maior metrópole do Brasil, com mais de 12 milhões de habitantes, o que gera uma grande demanda por transporte rápido e eficiente.
Por isso, São Paulo não só é a cidade brasileira com a maior frota de helicópteros do Brasil, como também é a maior do mundo, na frente até de Nova York!
A capital paulista possui mais de 410 helicópteros, de acordo com a ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil), representando cerca de 20% da frota nacional, que totaliza mais de 2 mil aeronaves.
Estima-se que um helicóptero pouse ou decole em São Paulo a cada 45 segundos, totalizando cerca de 2.200 operações diárias.
Embora o uso de helicópteros facilite a mobilidade urbana, o crescimento da frota de helicópteros também traz consigo alguns desafios, como o aumento do ruído urbano e a necessidade de investimentos em infraestrutura para garantir a segurança das operações.
Até a decisão dos fechamentos da Anac, a cidade de São Paulo contava com 260 helipontos, mais da metade dos 427 existentes em todo o Brasil.
Segundo a revista Forbes, o Brasil conta com a quarta maior frota de helicópteros do mundo. Por aqui, a ANAC exige uma certificação que atesta as condições de segurança dos helipontos.
E não são poucos o requisitos para se ter um espaço para pousar um helicóptero. Um dos fatores essenciais é o tamanho das zonas onde as aeronaves pousam e decolam.
A ANAC diz que a zona de toque deve ficar exatamente no meio da zona de pouso e deve se ajustar ao formato dela. Se a zona de pouso for quadrada ou retangular, a de “toque” também deve ser assim.
Do mesmo jeito, se a zona de pouso for circular, a de toque também tem que ser de igual formato.
De acordo com a ANAC, o tamanho dessa região precisa ser adequado para o maior helicóptero que vai usar o heliponto.
A ANAC recomenda evitar a construção de helipontos com áreas de pouso em forma circular. Isso ocorre porque a sobreposição das zonas de aproximação e saída nessas áreas dificulta a construção de outros helipontos nas proximidades.
Essas medidas são aplicáveis apenas a helipontos localizados até 300 metros acima do nível do mar. Para altitudes mais altas, há um aumento fixo nas dimensões necessárias.
Dois helipontos até podem estar perto um do outro, desde que sigam certas regras: não podem se sobrepor em zonas de transição e devem evitar se sobrepor em áreas de aproximação e de partida.
Cada heliponto também tem que cumprir certas regras visuais que ajudam o piloto a pousar e decolar com segurança.
Uma dessas regras é colocar um sinal na área de pouso que indique o tipo de heliponto (se é público, privado ou militar). Todas essas, e outras normas, possuem uma validade de cinco anos.