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Cinco anos depois, tragédia de Brumadinho segue sem punição


Por Flipar
Vinícius Mendonça/Ibama

Na ocasião, 270 pessoas perderam a vida soterradas depois que uma grande quantidade de resíduos de mineração foi despejada nos arredores do Rio Paraopeba.

Antonio Cruz/Agencia Brasil

Além das vidas perdidas, o acidente deixou um dano psicológico nos sobreviventes e familiares das vítimas. Segundo um levantamento da prefeitura, em 2021, o uso de ansiolíticos e antidepressivos cresceu 31,4% em relação a 2018, ano anterior ao rompimento da barragem.

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Até hoje a Vale S.A, empresa responsável pela mina, e sua subsidiária alemã, TÜV SÜD – que havia certificado a segurança da estrutura – não foram condenadas.

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As investigações indicaram que os líderes tinham conhecimento do risco de rompimento da barragem.

Divulgação/Agencia Brasil

O Ministério Público de Minas Gerais chegou a denunciar 16 pessoas, incluindo as empresas envolvidas no caso.

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Neste momento, os acusados estão apresentando suas defesas e a TÜV SÜD está sendo processada na Alemanha, onde a empresa tem sua sede.

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Em 2021, Ministério Público, a Defensoria Pública, o governo de Minas Gerais e a Vale estabeleceram um acordo de compensação pelos danos causados pela tragédia.

Divulgação/Agencia Brasil

A ação estabelece o pagamento de R$ 37,68 bilhões em 160 projetos na Bacia de Paraopeba, incluindo monitoramento ambiental e obras de reconstrução.

Divulgação/Corpo de Bombeiros de Minas Gerais

Inclusive, está previsto o pagamento de compensações individuais (indenizações), mas esse processo ainda nem começou a se desenvolver nos tribunais.

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Várias famílias das vítimas costuraram acordos diretamente com a Vale, sem esperar pela aprovação judicial.

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A Vale informou que mais de 15,4 mil pessoas fecharam acordos, totalizando R$ 3,5 bilhões em indenizações feitas dessa forma.

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Com base na acusação do Ministério Público Federal (MPF), os denunciados terão que responder por homicídio qualificado, crimes contra a fauna, a flora e crimes de poluição.

Isac Nóbrega / ABr/ PR

Segundo uma investigação feita pelo Núcleo de Assessoria às Comunidades Atingidas por Barragens (Nacab), que examinou 319 processos decididos no Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais (TJMG), 75% das decisões foram contrárias aos afetados.

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A Vale se pronunciou e declarou que já cumpriu 68% dos R$ 37,7 bilhões previstos em acordo.

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Cinco anos depois da tragédia, três pessoas ainda não foram encontradas.

Divulgação/Corpo de Bombeiros de Minas Gerais

Ao longo desses cinco anos, aproximadamente 6 mil bombeiros de Minas Gerais se revezaram nas buscas na região do incidente.

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As abordagens também mudaram com o tempo. Inicialmente, os bombeiros se aventuravam na lama e ‘enfrentavam’ os resíduos.

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Depois de um tempo, passaram a ser utilizadas grandes esteiras, que funcionam como estações de triagem para o material.

Divulgação/Corpo de Bombeiros de Minas Gerais

Essas máquinas funcionam 24h por dia e o trabalho é realizado principalmente por observação visual.

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Até o momento, já foram inspecionados 75% dos 11 milhões de metros cúbicos de resíduos. A introdução de tecnologia tem aumentado a eficiência do trabalho dos bombeiros.

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O acidente em Brumadinho aconteceu quatro anos depois de outra tragédia: o rompimento de uma barragem em Mariana. Na ocasião, 18 pessoas morreram e uma nunca foi encontrada.

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O Brasil tem mais de 50 barragens a montante, do mesmo tipo que colapsou em Mariana e Brumadinho. Deste total, 38 ficam em Minas Gerais.

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