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Bate-bolas: Tradição do carnaval no subúrbio carioca


Por Flipar
Joana Coimbra /Riotur FlickR

Mas longe do Sambódromo da Sapucaí e dos desfiles na TV vive firme e forte outra tradição carnavalesca do Rio de Janeiro.

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São os Clóvis ou Bate-bolas, que são, basicamente, uma fantasia colorida, uma máscara e uma bola de plástico.

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As diferenças entre Clóvis e Bate-bola são muito sutis. A principal é que os primeiros usam uma sombrinha, geralmente, com os mesmos desenhos da fantasia.

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Mas os Clóvis/Bate-bolas vão muito além de uma simples roupa colorida e uma máscara um tanto quanto assustadora.

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A cultura dos Clóvis/Bate-bolas faz parte da essência do carnaval dos subúrbios do Rio de Janeiro.

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Tanto é que, em 2012, os Bate-bolas se tornaram Patrimônio Cultural Carioca.

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De fato, os Clóvis/Bate-bolas são comuns e tradicionais nas zonas norte e oeste da cidade do Rio de Janeiro.

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Mas eles também estão presentes em muitas cidades da Baixada Fluminense e até no interior do estado do Rio de Janeiro.

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A origem dos Bate-bolas não é bem definida, até mesmo para historiadores e especialistas na cultura popular e carnavalesca do Rio de Janeiro.

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Alguns dizem que o "Clóvis" deriva da palavra "Clown" (palhaço, em inglês).

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Os relatos são de que, no início do século XX, eruditos chamavam os foliões fantasiados de "Clown" e que o termo, abrasileirado, virou "Clóvis".

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Outra história dos Bate-bolas afirma que eles surgiram no Rio de Janeiro sobre a influência da colonização portuguesa e de outras festas, como a Folia de Reis.

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Há ainda quem diga que escravos libertos, que eram perseguidos injustamente pela polícia, vestiam as fantasias para poder brincar livremente o Carnaval e "usar o Bate-bola" para protestar contra a opressão.

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Assim, não seguindo regras e batendo com força no chão as bolas mostravam que tinham força e poder para juntos incomodar e transformar. Na época, as bolas seriam feitas a partir de bexiga de boi.

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Hoje em dia, porém, as bolas dos Bate-bolas são feitas de plástico ou material sintético.

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Assim como no futebol, outra paixão da periferia carioca, a cultura de Bate-bola passa de pai para filho.

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Hoje em dia, os Bate-bolas se organizam em grandes grupos/turmas, com dezenas ou até centenas de pessoas, que passam o ano inteiro preparando as belas fantasias.

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A saída dos grupos/turmas é uma festa com queima de fogos de artifício, equipe de som, churrascos ao som de samba e funk.

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O lado negativo fica por conta do risco de violência, já que a fantasia impede a identificação. Já houve casos de grupos vestidos de bate-bolas se enfrentando com rivais e aterrorizando moradores. Mais um trabalho para a polícia do RJ.

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