A fruta-do-Imperador foi muito apreciada pela família real portuguesa, por seus frutos suculentos e doces. É uma árvore de grande porte cuja madeira era utilizada na construção naval.
“A descoberta dessa planta vai além da importância para a Ciência. Mostra que precisamos muito conhecer nossa flora. Apesar de 58 anos de pesquisa, somente agora foi possível sua identificação. Quantas espécies escondidas ainda temos na Rebio?”, disse o gestor UC, Rafael Lorenzon Boni.
Geovane Siqueira, botânico e pesquisador da Vale, participou da identificação da espécie junto com o professor Anderson Araújo, da Universidade Federal da Bahia (UFBA). “Com esse registro, damos mais um passo para ampliar o conhecimento sobre a biodiversidade brasileira e para subsidiar políticas de conservação e preservação”, reforça Siqueira.
A descoberta foi feita em parceria pelo Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema), gestor da UC, e a Vale, por meio de um acordo de cooperação técnica.
Quando se fala em espécie em extinção, as pessoas pensam logo em animais. Mas árvores também podem ser extintas. E há esse risco.
Um terço das espécies de árvores do mundo está em risco de extinção e centenas já estão à beira do completo desaparecimento, segundo um relatório histórico do ano de 2021 publicado pela Botanic Gardens Conservation International.
O Brasil é o país com maior número de espécies em risco de extinção: 1.788 espécies de árvores estão sob ameaça em território nacional. Daí a alegria quando espécies são preservadas.
Duas espécies de árvores que estão ameaçadas de extinção foram catalogadas no município de Niterói, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro.
Elas estão no Parque Estadual da Serra da Tiririca e foram percebidas por pesquisadores da Universidade Federal Rural do RJ e do Jardim Botânico do RJ.
Uma delas é a Eugenia delicata, chamada popularmente de uvaia-pitanga. Os pesquisadores encontraram seis unidades dessa árvore no parque.
Essa árvore dá frutos comestíveis, alaranjados, que têm sabor semelhante ao da goiaba.
A outra é a Eugenia superba, batizada da linguagem comum como cereja-amarela-de-niterói. Há três árvores desse tipo no parque.
Seu caule tem troncos descamantes que soltam placas finas que esfarelam quando a pessoa toca.
Essa árvore dá frutos chamados de cereja-amarela-de-Niterói
Ambas são espécies endêmicas da região que abrange os municípios de Niterói a Maricá. E têm entre 12 e 15 m de altura.
O Brasil tem outras espécies que também estão sob ameaça de extinção. A exploração madeireira, o garimpo, o desmatamento e as mudanças climáticas são fatores de risco. Veja algumas espécies ameaçadas:
Garapeira - Árvore da Amazônia, da Caatinga e do Cerrado. Também chamada de Barajuba, Jataí e Gema-de-Ovo.
Mogno - Típica do bioma da Amazônia. Também chamada de Acaju , Aguano, Caoba e Mara.
Cedro-Rosa - Árvore da Amazônia, da Caatinga, do Cerrado e da Mata Atlântica. Também chamada de Capiúva, Cedrilho, Cedro-Mando e Cedro-Cheiroso.
Castanheira - Árvore do bioma da Amazônia. Também chamada de Amendoeira-da-América, Castanha-do-Brasil, Coz-do-Brasil e Tucari.
Jequitibá-Branco - Árvore da Amazônia, do Cerrado e da Mata Atlântica. Também chamada de Estopa, Cachimbeiro, Pau-de-Cachimbo e Mussambê.
Pau-brasil - Bioma da Mata Atlântica. Também chamada de Arabutã, Ibirapitá, Pau-de-Pernambuco e Pau-de-Tinta. Inspirou o nome do Brasil.
Araucária - Bioma da Mata Atlântica. Também chamada de Pinheiro-d-Paraná, Pinheiro-Brasileiro e Curi.
Pau-Amarelo - Bioma da Amazônia - Também chamado de Amarelão, Amarelo-Cetim, Muiratana, Piquiá-Cetim e Pau-cetim.
As árvores ajudam a apoiar o ecossistema natural e são consideradas essenciais para combater o aquecimento global e as mudanças climáticas. A extinção de uma única espécie de árvore pode causar a perda de outras.
Portanto, vamos fazer de tudo para preservar as árvores e o meio ambiente de forma geral.