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Empresa quer levar gelo da Groenlândia para bebidas de Dubai


Por Flipar
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A empresa alega que essa iniciativa visa não apenas produzir bebidas de alta qualidade, mas também "contribuir para a preservação do meio ambiente" e "apoiar as comunidades locais na região".

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Segundo a Arctic Ice, o gelo seria coletado das geleiras da Groenlândia.

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Além disso, a startup promete realizar testes laboratoriais para garantir a qualidade e a segurança do gelo para o consumo humano.

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De acordo com informações da IFLScience, o produto será embalado adequadamente e enviado para Dubai, com a Arctic Ice planejando utilizar embarcações de baixa emissão de carbono.

Divulgação/Arctic Ice

A ideia é que, ao chegar nos Emirados Árabes Unidos, o gelo passe por mais testes e verificações de qualidade.

Divulgação/Arctic Ice

Por fim, depois de todas essas etapas serem concluídas, será entregue a bares exclusivos e restaurantes sofisticados, com o único objetivo de ser usado na criação de coquetéis considerados "premium".

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Depois do anúncio do projeto, a empresa recebeu diversas críticas nas redes sociais de pessoas preocupadas com os possíveis impactos ao meio ambiente.

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“Essas partes das camadas de gelo não estiveram em contato com nenhum solo ou contaminadas por poluentes produzidos pelas atividades humanas. Isso torna o Arctic Ice o H20 mais limpo da Terra”, declarou a empresa.

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A indústria de navios lança cerca de 3% das emissões totais de gases que causam o efeito estufa no mundo, e esse número está aumentando rápido, podendo subir até 130% até 2050.

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Por esse motivo, muita gente questionou a ideia de transportar gelo de uma região fortemente afetada pelas mudanças climáticas, especialmente quando o produto está disponível em qualquer lugar do planeta.

Reprodução/Instagram @arctic_ice_officiel

A Arctic Ice até fez postagens no LinkedIn procurando gerentes de vendas em Dubai, já com o intuito de dar início ao projeto ousado.

Reprodução/Instagram @arctic_ice_officiel

Esta não é a primeira vez que uma ideia de vendas desse tipo é proposta. No começo do século 19, o empresário de Boston Frederic Tudor, conhecido como "O Rei do Gelo", enriqueceu enviando gelo dos lagos da Nova Inglaterra para o Caribe.

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Na ocasião, o intuito era bem parecido: fazer com que ricaços pudessem desfrutar de gelos "exclusivos" em seus coquetéis.

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O sucesso foi tamanho que o empresário se tornou um pioneiro no comércio global de gelo, atuando na América do Sul, Europa e Ásia.

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Segundo o jornal britânico The Guardian, a prática de usar esse gelo especial em bebidas é comum na grande ilha entre o Oceano Atlântico Norte e o Oceano Ártico.

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Malik Rasmussen, um dos fundadores da empresa da Groenlândia que exporta o gelo, explicou que por ele ser comprimido ao longo de milênios, não tem bolhas e derrete mais devagar do que o gelo comum.

Divulgação/Arctic Ice

Para coletar o gelo, a Arctic Ice utiliza uma embarcação especializada em Nuup Kangerlua, o fiorde que rodeia a capital da Groenlândia, Nuuk.

Divulgação/Arctic Ice

A missão é encontrar um tipo específico de gelo, considerado o mais puro e difícil de ser identificado na água por ser completamente transparente, sendo chamado de "gelo negro".

Divulgação/Arctic Ice

Depois disso, o distribuidor local finalmente leva esse gelo natural até os bares que se destacam no horizonte da rica Dubai.

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Outra preocupação em torno do projeto é em relação ao aumento do derretimento das geleiras, um fenômeno preocupante que já ocorre em muitas partes do mundo devido às mudanças climáticas.

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As geleiras são massas de gelo em movimento que se formam a partir da acumulação de neve ao longo de muitos anos. Quando o derretimento supera a acumulação, as geleiras começam a diminuir em tamanho.

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O derretimento das geleiras tem várias consequências negativas. Uma delas, contribui para o aumento do nível do mar, ameaçando áreas costeiras e ilhas, além de implicações para o ecossistema local, afetando a fauna e flora adaptadas a essas condições únicas.

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