Ator e humorista, Carlos Villagrán começou a carreira como fotógrafo no jornal "Heraldo", no México.
Foi como fotógrafo que Carlos Villagrán cobriu os Jogos Olímpicos da Cidade do México, em 1968, e a Copa do Mundo de 1970, no México, que deu o título ao Brasil - Seleção treinada por Zagallo e com Pelé à frente de um timaço de craques.
Ao conciliar a carreira de ator e fotógrafo, Carlos Villagrán foi visto no teatro por Roberto Bolaños - ator, roteirista e diretor de "Chaves".
Mas, antes de começar a interpretar o Quico, Carlos Villagrán fez sucesso como o boneco de ventríloquo Pirolo, no programa "El Club de los Millonarios".
Pouco depois, no programa "El Club del Chori", Carlos Villagrán (à direita) interpretou outros personagens. Entre eles, a velhinha Lola Mento, que tinha o choro e as bochechas grandes daquele que viria a ser posteriormente o Quico.
Mas Carlos Villagrán "conquistou" Roberto Bolaños em uma festa na casa de Rubén Aguirre (Professor Girafales).
Na ocasião, Carlos sentou no colo de Rubén para interpretar um boneco ventríloquo para entreter os convidados na festa.
Assim, Roberto Bolaños - que já tinha visto Carlos Villagrán em ação no teatro anteriormente - decidiu convidá-lo para entrar em um de seus programas.
Um detalhe curioso: Carlos Villagrán não usa enchimento para ficar com as bochechas enormes do Quico. Ele desenvolveu uma técnica para inflar as bochechas e colocou em prática nos seus personagens.
Antes de se destacar como o Quico, Carlos Villagrán interpretou diversos personagens no programa "Chapolin Colorado", também de Bolaños, como o bandido Quase Nada.
Em "Chaves", Carlos Villagrán colocou Quico (em destaque, à frente) com status de um dos protagonistas e um dos mais queridos, a partir de 1972.
Talvez, mais querTalvez, mais querido que Quico pelos fãs somente o próprio Chaves. Ou, ainda, o popular Seu Madruga, interpretado por Ramón Valdés.do que Quico pelos fãs somente o próprio Chaves e o Seu Madruga, interpretado por Ramón Valdés.
Com o sucesso de Quico, Carlos Villagrán gravou alguns comerciais e discos com o personagem.
Este, inclusive, teria sido um dos motivos da briga entre Carlos Villagrán e Roberto Bolaños, que repercutiu muito entre os fãs e até hoje é alvo de comentários.
Carlos assinou um contrato de exclusividade com uma gravadora para fazer discos solos de Quico, em 1976, e não avisou Bolaños. Isso impossibilitou que Quico estivesse no disco da turma do Chaves, lançado na mesma época.
Além disso, Carlos Villagrán teve um breve namoro com Florinda Meza (Dona Florinda), que viria, anos depois, a namorar e casar-se com Roberto Bolaños.
Em 1979, Carlos Villagrán deixou o seriado "Chaves". São diversas versões para o motivo da saída de Quico (à direita), entre eles, carreira solo, inveja, ego, traição e indisciplina.
Carlos e Bolaños ainda viveram uma batalha judicial pelo nome Quico. Villagrán perdeu, se mudou para a Venezuela e alterou a grafia, passando a fazer shows e apresentações como Kiko.
Carlos Villagrán voltou ao México em 1987, mas viveu também de forma itinerante pela América Latina. Esteve no Brasil em diversas ocasiões para shows e entrevistas a partir de 1995.
Em 2023, Carlos Villagrán revelou ter sido diagnosticado com câncer de próstata, mas fez uma cirurgia. O ator disse nas redes sociais que estava bem.