Nesta semana, Johnny Herbert, ex-colega de equipe do alemão na Benetton durante os anos de 1994 e 1995, compartilhou informações sobre a condição de saúde do amigo.
Herbert falou ao site ‘bettingSites.co.uk’ nesta terça-feira (09/01) que ouve “coisas apenas de segunda mão”.
“Ouvi dizer de alguém que está na F1 que ele (Schumacher) se senta à mesa para jantar, mas não sei se isso é verdade. Só consigo ler nas entrelinhas", comentou.
"Não ouvimos muito da famÃlia e é compreensÃvel. Isso sempre fez parte da maneira de Michael e da famÃlia manter tudo muito privado, muito secreto. Isso já era assim desde seus tempos de corridaâ?, explicou o ex-colega de Schumacher.
Porém, ele reconheceu que as perspectivas não são muito boas: “Não sinto que as coisas tenham evoluído da maneira que muitos de nós que o conhecíamos e muitos de seus fãs ao redor do mundo gostariam de ver", lamentou.
"Não parece que tenha mudado muito, se é que mudou. Suponho que a família esteja esperando que a ciência apresente algo que traga de volta o Michael que todos conhecemos", completou.
Ainda na entrevista, o ex-companheiro do alemão deixou claro que quase ninguém tem acesso ao estado de saúde de Schumacher, a não ser a família e “poucas pessoas de confiança”.
Herbert contou que o ex-presidente da FIA, o francês Jean Todt, seria uma dessas pessoas.
“Ele simplesmente não é o Michael que costumava ser. Ele é diferente e é maravilhosamente guiado pela esposa e pelos filhos que o protegem”, disse Todt em uma entrevista recente ao jornal L’Equipe.
"A vida dele agora é diferente e tenho o privilégio de compartilhar momentos com ele. Isso é tudo que há para dizer. Infelizmente, o destino o atingiu há dez anos. Ele não é mais o Michael que conhecíamos na Fórmula 1”, concluiu Todt.
A tragédia sofrida por Schumacher completou 10 anos em 29 de dezembro de 2023. O alemão sofreu um acidente enquanto esquiava na estação de Meribel nos Alpes franceses.
Ele estava em uma área arriscada, fora das pistas demarcadas. Mesmo usando capacete, o piloto sofreu um sério ferimento craniano que o colocou em coma por vários meses.
Em junho de 2014, o ex-piloto despertou do coma e foi transferido para um novo hospital, mudando de Grenoble para Lausanne, na Suíça.
Três meses depois, Schumacher recebeu alta do hospital para continuar seu tratamento em casa, localizada em Lake Geneva, ainda na Suíça, onde uma Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) foi instalada.
Schumacher começou a receber cuidados da esposa e de uma equipe médica e, desde então, a esperança pela sua recuperação sempre esteve presente entre os fãs e curiosos.
No ano de 2019, ele chegou a ser levado para Paris, para um tratamento experimental envolvendo células-tronco. No entanto, não foram divulgadas notícias positivas sobre os resultados.
Rumores apontam que ele estaria consciente, respirando sem ajuda de aparelhos, mas incapaz de se comunicar. Devido à sua condição de esportista, seu corpo estaria bem condicionado.
O próprio filho do piloto, Mick Schumacher, que atua como piloto reserva da Mercedes nesta temporada da Fórmula 1, também não comenta sobre a condição de saúde de seu pai.
A esposa do alemão, Corinna, falou brevemente sobre o assunto no documentário “Schumacher”, da Netflix, lançado em 2021: “Todo mundo sente falta de Michael, mas ele está aqui. Diferente, mas ele está aqui e isso nos dá força, eu acho”.
Desde 1995, Michael é casado com Corinna Schumacher. Eles tiveram dois filhos juntos: Gina-Maria e Mick Schumacher.
A filha participa de competições de hipismo nos Estados Unidos. Segundo o jornal espanhol Ultima Hora, Gina deve se casar em breve com seu noivo Iain Bethke, de 27 anos.
Já o filho, Mick, além de ter passado pela Fórmula 1 entre 2021 e 2022, está se preparando para competir no Mundial de Endurance em 2024.
Schumacher nasceu em Hürth, Alemanha, em 3 de janeiro de 1969. Ele começou a correr de kart aos oito anos de idade e rapidamente se tornou um dos pilotos mais promissores do mundo. Em 1991, ele fez sua estreia na Fórmula 1 com a equipe Benetton.
O alemão foi sete vezes campeão da Fórmula 1 e detém inúmeros recordes, incluindo voltas mais rápidas, maior número de campeonatos, além de maior número de corridas ganhas em uma única temporada (2004).
Schumacher se aposentou da Fórmula 1 pela primeira vez em 2006. Ele até voltou à categoria em 2010, para correr pela equipe Mercedes, mas parou novamente em 2012.