Um avião que saiu de Tóquio, no Japão, partiu em 1º de janeiro de 2024 e aterrissou em Los Angeles, nos Estados Unidos, no dia 31 de dezembro de 2023 (não, você não leu errado!).
Por causa desse acontecimento peculiar, as pessoas a bordo conseguiram celebrar o Ano Novo duas vezes, cada vez em uma cidade diferente.
O ‘incidente’ aconteceu no voo NH106. Quando o avião partiu, os passageiros já tinham festejado a chegada de 2024. Quando ele pousou, ainda faltavam minutos para o final de 2023.
A história curiosa veio à tona no TikTok. Os passageiros chegaram a ser chamados de ‘viajantes do tempo’ por alguns usuários…
"E ainda dizem que viagens no tempo não existem", brincou um internauta. Veja a seguir como funciona o fuso horário e conheça curiosidades sobre esse tema!
O fuso horário é uma divisão imaginária da Terra em faixas longitudinais, cada uma representando um intervalo de tempo padrão.
A Terra é dividida em 24 fusos horários, cada um correspondendo a uma hora completa. Essa divisão tem base no movimento de rotação da Terra, que leva aproximadamente 24 horas.
A cada 15 graus de longitude, há uma diferença de uma hora no tempo. Se você se deslocar para leste, adiantará o relógio, enquanto viajar para oeste resultará em atraso no tempo.
Isso explica como, em alguns casos, um voo pode decolar em um dia e aterrissar no dia anterior, proporcionando experiências únicas relacionadas ao tempo.
A origem dos fusos horários remonta ao século XIX, quando os trens começaram a viajar longas distâncias. Com isso, tornou-se necessário padronizar o horário em diferentes cidades e países.
Em 1884, foi realizada uma conferência internacional em Washington, D.C., para definir um sistema global de fusos horários.
A conferência estabeleceu o Meridiano de Greenwich, localizado em Londres, como o marco zero para a definição dos fusos horários.
Algumas das razões que motivaram a adoção do fuso horário como se conhece hoje são: o avanço das comunicações; o crescimento das viagens de longa distância e a intensificação do comércio internacional.
O fuso horário mais ocidental é o UTC+14, localizado nas Ilhas Kiribati, no Oceano Pacífico.
O fuso horário mais oriental é o UTC-12, localizado nas Ilhas Baker e Howland, também no Oceano Pacífico.
Essa dinâmica é fundamental para coordenar atividades globais e manter uma referência de tempo consistente em diferentes partes do mundo.
Alguns países, por serem grandes demais, possuem mais de um fuso horário. A Rússia, por exemplo, é o país com mais fusos horários: são 11 ao todo!
O Brasil adota quatro fusos horários: UTC-3 (abrange DF e grande parte dos estados do país), UTC-2 (aplicado no arquipélago de Fernando de Noronha), UTC-4 (região amazônica) e UTC-5 (estado do Acre e parte do estado do Amazonas).
Outros países ‘desafiam’ a lógica do fuso horário. A China, por exemplo, é o país mais populoso do mundo e atravessa cinco fusos horários. No entanto, o país adota apenas um horário oficial, o de Pequim. Resultado: no extremo leste do país, o sol pode nascer depois das 10h da manhã!
Já na Europa, que é uma região relativamente pequena, todos os países poderiam estar no mesmo fuso horário. No entanto, a história e a política levaram a diferentes países adotarem diferentes fusos horários.