De acordo com estimativas do Instituto Nacional de Câncer (INCA), o tumor maligno com maior incidência no Brasil é justamente o de pele (31,3% dos casos), seguido pelo de mama (10,5%), próstata (10,2%), cólon e reto (6,5%), pulmão (4,6%) e estômago (3,1%).
Cerca de 9 mil deverão ser melanomas, o tipo de câncer de pele mais raro e grave.
O melanoma (tipo mais grave de câncer) aparece nos melanócitos, células responsáveis pela melanina, a pigmentação (cor) da pele. Desde que não haja metástase (quando o câncer se espalha para outras partes do corpo), a chance de cura beira os 95%. Já com metástase, as chances de cura rondam os 15%.
O tratamento é feito com cirurgia, remédios ou quimioterapia, dependendo do caso. A recuperação dura meses ou até mesmo anos. Um melanoma pode aparecer em qualquer parte do corpo, em forma de pinta ou mancha.
Quem apresenta manchas ou sinais que apareceram recentemente ou há algum tempo, mas que mudaram de cor e textura, por exemplo, alguma pinta escura com prurido ou queimação no local, deve procurar um dermatologista.
Em geral, os médicos analisam o "ABCD" da mancha e, caso desconfiem, aspiram um pedaço e enviam para a biópsia. No laboratório, há a confirmação ou não da doença.
O "ABCD" consiste na análise de Assimetria, Bordas, Cores e Diâmetro. Resumidamente, a mancha costuma crescer mensalmente, de formas irregulares, além de ter cores escuras e pelo menos 6 milímetros.
O câncer de pele, sendo melanoma ou não, é causado por excesso de exposição aos raios ultravioletas, os UV, presentes no sol, mas também em processos de bronzeamento artificial. Pessoas de pele branca têm uma tendência genética maior para a doença. Portadores de HIV (vírus da AIDS) perdem imunidade e também ficam mais propensos.
Em geral, a doença ataca mais as pessoas acima de 40 anos. A incidência tem níveis semelhantes entre os sexos, mas os homens morrem mais. Existem quatro tipos de melanomas, que são os mais raros, mas também os mais agressivos. O mais comum é o extensivo superficial. É o mais temido pelos jovens.
O melanoma nodular é considerado o tipo mais agressivo de melanoma e não tem uma região específica de incidência, podendo aparecer desde o couro cabeludo até os órgãos genitais. Ou seja, até mesmo partes do corpo não expostas ao sol.
O melanoma Acral Lentiginoso é o mais comum em pessoas de pele negra ou asiática. E é o menos comum em pessoas de pele branca. Ele é traiçoeiro, pois pode surgir embaixo da unha, sem que as pessoas percebam.
Já o melanoma lentigo maligno acomete mais os idosos e é o mais ligado à exposição solar ao longo da vida.
A principal medida de prevenção do câncer de pele é a proteção contra o sol. Dá para curtir uma praia no final de semana, mas sem abusar, principalmente as pessoas de peles mais claras.
A exposição prolongada ao sol também causa envelhecimento precoce. Por isso, sempre que possível, use protetor solar, além de bonés e óculos de sol.
É comum as pessoas acharem que a exposição se dá apenas na praia, mas não. Profissionais como pedreiros e carteiros ficam muitos expostos, por trabalharem debaixo de sol.
Em tempos de Carnaval, as pessoas tendem a ficar muito tempo na praia e/ou em blocos. Assim, a exposição ao sol só cresce. É bom usar filtro solar, para que a diversão não vire dor de cabeça
Portanto, alerta ligado. Cuide-se para ir à praia ou à piscina, fazer os passeios e as tarefas do dia a dia, sem riscos. E, quando o carnaval chegar, redobre os cuidados.