O cacau, matéria prima do chcolate é rico em flavonóis e óxido nítrico, substância que promove a vasodilatação e ajuda a controlar a pressão arterial. Além de favorecer a circulação, os flavonoides contribuem para a proteção das artérias ao combater os radicais livres, responsáveis pelo estresse oxidativo
Unsplash/ Kaffe MeisterJuliana Meirelles, nutricionista do Hospital Sírio-Libanês explica que os flavonóides também podem influenciar positivamente a sensibilidade à insulina e a resposta inflamatória do organismo. 'Mas isso só é válido dentro de um contexto de alimentação equilibrada e estilo de vida saudável', adverte.
Tetiana Bykovets/UnsplashOutro aspecto relevante é a interação entre o cacau e a microbiota intestinal – o conjunto de bactérias benéficas que habitam o trato digestivo. Um microbioma saudável favorece a absorção dos flavonoides e pode potencializar seus efeitos sobre o sistema cardiovascular.
Patrícia Oliveira, do Centro de Cardiologia do Sírio-Libanês explica que o recomendado é escolher chocolates com teor de cacau acima de 70%, pois 'Produtos com muito açúcar, gordura saturada ou recheios acabam anulando os possíveis efeitos positivos à saúde'.
Além de contribuir para a função dos vasos sanguíneos, o chocolate amargo pode ajudar no controle do colesterol e até exercer uma leve ação anticoagulante, o que favorece a circulação. Também há indícios de que ele melhora a sensibilidade à insulina e regula a resposta inflamatória do organismo.
A recomendação dos especialistas é manter a porção diária pequena, em torno de 20g, de preferência após as refeições.
Na dúvida, troque a culpa por consciência: saborear um bom chocolate amargo com equilíbrio também é um gesto de autocuidado.