A construção da mãe e da filha recebeu o nome de Casa de sal e é uma reivindicação por moradia e ecologia popular. Agora, o objetivo delas é levar a experiência para lugares que buscam iniciativas parecidas
Reprodução/Instagram/casadesal.ecoEdna e Maria Gabrielly são de uma família originária do agreste pernambucano. 'Minha vó Severina, que sempre incentivou e ensinou a reutilizar materiais recicláveis', diz a jovem
Reprodução/Instagram/casadesal.ecoMãe e filha trabalham há dez anos com sustentabilidade, atuando em conjunto pela Cabrochas e pela Casa de Sal. Os dois projetos têm sido grandes forças no debate do desenvolvimento de práticas sustentáveis
Reprodução/Instagram/casadesal.ecoA casa com garrafas de vidros começou a ser construída no dia 1º maio de 2020 e em dois elas concluíram os sete cômodos
'A Casa de sal, dentro da nossa pesquisa, é a primeira casa no mundo que utiliza garrafas de vidro na vertical na construção, e esse fato contribui diretamente na iluminaçã e no seu design', diz Gabrielly
'E isso só foi possível a partir de uma escuta ativa entre nós duas, porque nunca tínhamos feito isso antes, mas por meio de muita coragem e consciência, conseguimos construir esse símbolo de resiliência e emancipação', acrescenta a jovem
Só de garrafas de vidro já passam das 13 mil. Mãe e filha utilizaram 8 mil na casa e as demais em quatro eco-lixeiras comunitárias, totalizando uma média de 8 toneladas de vidro recuperadas
Elas também reciclaram diversos outros materiais para construção, principalmente a madeira e móveis descartados. 'De fato é uma arquitetura vernacular', conta Maria Gabrielly
'Nosso diálogo é para que as pessoas, os poderes e empresas entendam quanto é viável e funcional a ecologia e sustentabilidade para replanejar a questão habitacional', cita Gabrielly
A ideia de utilizar garrafas de vidro surgiu porque elas identificaram que esse é um dos resíduos mais descartados no território onde moram