Data estelar: Sol e Plutão em sextil. O desejo é uma força imperativa à qual todos nos rendemos, porque acena com a promessa de satisfação, e mesmo que, pela experiência, aprendamos que nem todas as satisfações valem a pena, ainda assim persistimos em nos submeter a essa força imperativa.
A força de vontade, por outro lado, se utilizada, é o instrumento que nos permite transcender o estado de escravidão inerte a que nos entregamos em relação aos desejos, porém, é um paradoxo, porque ainda que a vontade seja mais poderosa do que o desejo, ela só pode ser brandida pela consciência através do livre arbítrio. Essa é a diferença entre o desejo, que anula o livre arbítrio, e a vontade, que só funciona quando a consciência toma para si o direito de escolher livremente o que fazer, quando o fazer e como o fazer.
Faça o possível e também o impossível, porque nesta parte do caminho se sentam à mesa de negociação os anjos e os demônios, e tudo precisa ser passado em revista pela sua alma, para defender seus interesses.
Não importa o grau de dificuldade que você tenha de enfrentar para executar avanços mínimos, continue em frente e se queixe o menos possível, porque o tempo que você gastaria em queixas é o mesmo tempo do avanço possível.
Por mais temor que a exposição lhe provocar, aceite as condições da vida mesmo assim e se lance ao palco para expressar suas ideias. Você receberá críticas e contradições, com certeza, mas isso pouco importa. Em frente.
Sem atrevimento, as coisas continuarão até bem, porém, sem essa graça intensa que sua alma busca experimentar. Para que essa graça volte a dar as caras, você vai ter de assumir alguns riscos. Não há outro jeito.
A alma humana somente conhece o que percebe, o resto é tudo teoria, que pode ou não ser verdade. Agora, o que você percebe não se apaga da consciência, porque produz movimentos estruturais que renovam o contato com a Vida.
Temer não dar conta do recado faz parte das experiências interiores da alma, mas deixar de tomar as atitudes concretas por temor de falhar, isso não é uma experiência da alma, mas produto das limitações da educação.
Ajustar contas é preciso, mas isso será bem feito se desprovido de rancores e ressentimentos, porque se houver qualquer traço dessas distorções da alma o resultado será contraproducente, seria até melhor não fazer nada.
Por enquanto, o mais sábio a fazer é você ficar dentro de sua zona de conforto e consolidar segurança emocional para você se sentir em paz. Depois, você poderá novamente se lançar a qualquer aventura que escolher.
Agora não é hora de tomar decisões definitivas, mas de manter a bola no jogo até que as coisas se mostrem mais consistentes. Permaneça no dinamismo, mudando de um lugar a outro, mesmo que pareça sem eira nem beira.
O futuro se define a cada pequena ou grande decisão que a alma humana toma, mesmo que de forma inconsciente. Este é um momento em que assuntos tomam forma e sua alma tem a capacidade de os colocar em marcha.
Nem sempre a dispersão há de ser tratada como algo negativo, a alma não precisa estar completamente focada o tempo inteiro, pois, isso produziria uma tensão desnecessária que seria, inclusive, difícil de administrar.
Se o cenário não se parece nem um pouco com o que você pretendia, isso não há de ser motivo de decepção, mas de esforço para aceitar os termos que a Vida, com seus mistérios, parece impor a você. Dos males surgem benefícios.