Cientistas apontam que, até 2050, metade da capital do país, Funafuti, esteja inundada. Por conta disso, o governo local se prepara para a destruição da realidade física e inicia a construção de uma versão digital de Tuvalu
Buscando o título de 'primeira nação digital do mundo', os cerca de 11 mil habitantes das ilhas tentam manter, além do físico, a cultura de Tuvalu — como as danças tradicionais
Faz anos que a população das ilhas tenta alertar sobre o risco. Em 2009, por exemplo, Ian Fry, representante das ilhas, pediu que os países em desenvolvimentos se comprometessem à redução das emissões, na Conferência do Clima (COP 15)
Em novembro de 2023, a Austrália fechou um acordo, em que concorda em receber os refugiados climáticos de Tuvalu
Pertences e recordações dos moradores também poderão ser digitalizados, criando um arquivo digital para preservar a 'própria alma de Tuvalu', segundo atualizações do projeto
Ainda não se tem certeza de como será preservada a soberania, já que a legislação internacional não se adequa aos países que enfretam perda de território
Passaportes digitais também estão sendo criados, incluindo a realização de eleições e plebiscitos e registros de nascimentos, mortes e casamentos
'Place', uma organização não governamental, está ajudando a mapear as características físicas da capital de Tuvalu
Drones e câmeras de 360 graus estão sendo utilizados para o registro de imagens aéreas e ruas locais, parecido com o Google Earh ou o Street View — mas com uma resolução superior
Apesar da passagem para o digital, Tuvalu ainda se compromete a salvar o país, insistindo na luta contra as mudanças climáticas
* Estagiário sob a supervisão de Roberto Fonseca