Em 19 de novembro de 1889, a bandeira brasileira substituiu a bandeira Imperial, que estampava o brasão da monarquia portuguesa. Na nova representação, foram reunidos símbolos que remetiam à República que acabava de nascer
O pintor Décio Villares foi o responsável pelo novo desenho; o filósofo Raimundo Teixeira Mendes o orientou em relação a ideias positivistas; e o astrônomo Manuel Pereira Reis foi quem alinhou as estrelas que figuram no design
Em 1940, foi descoberto um rascunho de 1820, que teria dado origem ao uso das cores verde e amarela e à presença do formato de losango nas bandeiras que viriam a seguir
Em setembro de 1822, para representar a independência do país e o início do Império português, uma outra bandeira passou a ser usada. Encomendada por Dom Pedro quando ainda era príncipe-regente, ela foi feita por Debret
Apesar de a primeira versão da bandeira do Império ter sido utilizada somente de setembro a dezembro, as que a seguiram não foram muito diferentes. A do Primeiro Reinado, utilizada de 1º de dezembro de 1822 a agosto de 1853, apenas trocava a coroa real pela coroa imperial
A do Segundo Reinado, que passou a vigorar a partir de 29 de agosto de 1853, acrescia à anterior mais uma estrela, representativa da província do Paraná, somando 20 delas ao total
Com a nova bandeira, o verde, que antes era associado à Casa de Bragança, da qual Dom Pedro I fazia parte, passou a representar florestas e vegetações do país
O amarelo, que simbolizava a Casa de Habsburgo, da imperatriz Leopoldina, passou a fazer referência ao ouro e a outros recursos minerais; o azul passou a fazer alusão ao céu estrelado; e o branco, à unidade e à paz da nação
Antes que a bandeira nacional que se conhece nos dias de hoje passasse a ser, de fato, a oficial, houve duas primeiras versões republicanas usadas entre os dias 15, data em que se iniciou a República, e o dia 19, quando a bandeira atual foi apresentada ao povo
Baseada na dos Estados Unidos, a primeira versão da primeira bandeira republicana tinha 13 linhas verdes e amarelas e um quadrilátero preto dentro do qual estavam dispostas 20 estrelas brancas
Criada por Ruy Barbosa, a segunda versão da primeira bandeira tinha 21 estrelas e um quadrilátero, desta vez azul, sob as mesmas 13 linhas verdes e amarelas. Ela foi adotada pelo restante dos quatro dias antes da apresentação da nova
Outras propostas de bandeiras vetadas foram utilizadas ou serviram de base, depois, para representar estados, como Goiás, Sergipe, Piauí e São Paulo
Segundo a Lei nº 8.421/1992, 'as constelações que figuram na Bandeira Nacional correspondem ao aspecto do céu, na cidade do Rio de Janeiro, às 8 horas e 30 minutos do dia 15 de novembro de 1889'
Os 27 astros presentes na bandeira correspondem cada um a uma constelação específica e representam a diversidade dos 26 estados e do Distrito Federal. O número foi atualizado por três vezes, em 1889, 1960 e 1992, à medida que novos territórios foram criados
O lema que figura no centro da bandeira era originalmente a frase 'o amor por princípio, a ordem por base, o progresso por fim', inspirado na corrente filosófica positivista. No fim, porém, manteve-se apenas ‘ordem e progresso’
A Lei nº 5.700/1971 diz que, para representação da bandeira 'tomar-se-á por base a largura desejada, dividindo-se esta em 14 (quatorze) partes iguais', dos quais cada uma das partes será considerada um módulo
De acordo com a legislação brasileira, o hasteamento deve ser feito todos os dias, entre outros, no Palácio da Presidência da República e na residência do presidente, em órgãos públicos e em missões diplomáticas
Normalmente, segundo a Lei nº 5.700/71, 'faz-se o hasteamento às 8 horas e o arriamento às 18 horas'. No dia 19 de novembro, porém, por ser o Dia da Bandeira, 'o hasteamento é realizado às 12 horas, com solenidades especiais'
Quando desgastada ou danificada, a bandeira deve ser queimada, a fim de que o simbolismo seja mantido e não deturpado por qualquer alteração física