A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) estabeleceu, na última sexta-feira (1º/11), critérios para a operação de veículos elétricos de decolagem e aterrisagem vertical (eVTOL, na sigla em inglês)
O documento veio após a Empresa Brasileira de Aviação (Embraer) anunciar o recebimento de cerca de R$ 200 milhões pela Eve para desenvolvimento do eVTOL, além de R$ 500 milhões em linha de crédito com o BNDES para o complexo de produção da aeronave em Taubaté
Estrutura, sistemas de controle, propulsão e bateria são algumas das áreas para as quais são estabelecidos critérios pela portaria da Anac, a fim de que a segurança do voo seja assegurada
É preciso que a Eve determine, entre outros, limites de peso, centros de gravidade, temperaturas e velocidades mínimas e máximas. Além disso, o veículo não apresentar oscilações, instabilidades ou vibrações perigosas, tanto para o voo quanto para a operação em solo
Para fins de comparação, o 'carro voador' seria parecido com um helicóptero, que é um veículo de pouso e decolagem vertical (VTOL). Por ser movido por energia elétrica, porém, é mais silencioso e reduz emissões de carbono
O eVTOL é planejado para viagens de curta distância, como entre lugares na mesma cidade ou entre cidades próximas, reduzindo significativamente tempos de trajetos, se comparados ao tempo de um carro convencional
O preço de uma viagem seria próximo ao de uma viagem de carro por aplicativos como o Uber. Para ir da Barra da Tijuca ao aeroporto do Galeão, por exemplo, custaria a partir de R$ 99, segundo estudo da Eve
Apesar de ser determinado pela Anac que a aeronave deva ser capaz de funcionar em segurança 'sem exigir habilidade, força ou estado de alerta excepcionais do piloto', por enquanto os eVTOL seriam controlados por empresas privadas de transporte
No Brasil, eles devem ser fabricados em Taubaté, no interior de São Paulo, em unidade que pertence à Embraer, da qual a Eve é parceira. A empresa está pronta para começar a produção em série no país
A Eve pretende produzir até 480 'carros voadores' por ano na fábrica de Taubaté. Os primeiros devem ser entregues a partir de 2026 provavelmente nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, a depender de aprovação da Anac