O pianista brasileiro morreu após lutar contra um câncer de intestino por um ano. O velório será na quinta-feira (31/10), no cemitério Jardim da Paz, em Florianópolis, das 12h às 16h
Reprodução/Redes SociaisPrestigiado internacionalmente, o músico ficou em segundo lugar, aos 25 anos, em uma das mais antigas competições de piano do mundo, a Fréderic Chopin, na Polônia. Aos 30, garantiu terceiro lugar na Internacional de Tchaikovsky, na Rússia
Arquivo/CB/D.A PressArthur Moreira Lima nasceu no Rio de Janeiro em 1940 e começou a estudar piano ainda na infância, aos seis anos de idade. Dois anos depois, tocou Mozart junto à Orquestra Sinfônica Brasileira
Arquivo/CB/D.A PressAlém dos países europeus, o pianista tocou nos Estados Unidos e na América Latina. No Brasil, ele foi renomado intérprete de clássicos da música popular, do choro e samba
Glauker Bernardes/DivulgaçãoMoreira Lima foi um dos responsáveis pela democratização da cultura erudita, ao criar e participar de projetos sociais. De autoria dele, o projeto 'Um piano pela estrada' levava música, em um caminhão, para diversos lugares do Brasil
Ronaldo de Oliveira/CB/D.A PressO pianista se apresentou para mais de 2 milhões de pessoas em praças públicas pelo Brasil. Com o piano de cauda a bordo de um caminhão, ele percorreu todas as unidades da federação e chegou a tocar para público de mais de 10 mil pessoas de uma só vez
Thiago Neuenschwander/Suape'Foi maravilhoso ver como o brasileiro responde imediatamente a qualquer estímulo e como se sente honrado de você ter ido lá tocar pra ele', contou Moreira Lima ao Correio em 2019. 'Não tem isso de que o povo não entende, ele entende o gesto.'
Antonio Cunha/Esp. CBMesmo levando o piano para os mais diversos cantos do país, ele era realista ao reconhecer que o gênero não fazia parte do universo brasileiro. 'É uma cultura europeia', dizia. 'A música clássica faz parte da cultura de uma pequena elite que é voltada para fora do Brasil.'
André Borges/Secopa'Preocupo-me muito com os rumos que o mundo está tomando', declarou o pianista, em 2019. 'Não é só o Brasil, o mundo inteiro está assim, muito perturbado, sem encontrar uma fórmula de sobrevivência.'
Iano Andrade/CB/D.A Press'Não é que me ache essas coisas, mas, de vez em quando, me sinto muito mal cercado. Me dá uma tristeza. Não sei se é por causa da velhice, mas é difícil porque as pessoas não dialogam, não querem falar, não querem despertar para a realidade, não querem ver.'
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