LUTO

A carta de despedida que poeta deixou antes de fazer eutanásia


Antonio Cicero foi diagnosticado com Alzheimer e foi internado por diversas vezes nos últimos anos. Ele fez um procedimento de morte assistida na Suíça

Por Aline Gouveia
Divulgação/Academia Brasileira de Letras

Desejo de 'morrer com dignidade'

Na carta de despedida, Antonio disse que a vida dele tinha se tornado 'insuportável'. O poeta também expressou o deseja de 'morrer com dignidade'

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Memória

O poeta afirmou que não conseguia mais escrever bons poemas nem bons ensaios de filosofia. Além disso, Antonio relatou que não reconhecia mais muitas pessoas

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Decisão

'Pois bem, como sou ateu desde a adolescência, tenho consciência de que quem decide se minha vida vale a pena ou não sou eu mesmo', diz outro trecho da carta

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Convivência

'A convivência com vocês, meus amigos, era uma das coisas – senão a coisa – mais importante da minha vida. Hoje, do jeito em que me encontro, fico até com vergonha de reencontrá-los', escreveu Antonio

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Vida e obra

Nascido no Rio de Janeiro, em 6 de outubro de 1945, Antonio escreveu as letras das músicas 'Fullgás', 'Pra começar' e 'À francesa' – as duas primeiras em parceria com a irmã, Marina Lima

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Estudos

Antonio estudou filosofia na PUC do Rio de Janeiro e, depois, no Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da Universidade Federal do Rio de Janeiro

Fábio Caffé (SGCOM/UFRJ)

Aulas

Ele fez pós-graduação na Georgetown University, nos Estados Unidos, onde estudou grego e latim, o que lhe permitiu ler clássicos como Homero, Píndaro, Horácio e Ovídio. Depois, ele deu aulas de filosofia e lógica no Rio de Janeiro.

Arthur Menescal/Esp. CB/D.A Press