A espécie foi batizada de Neblinaphryne imeri, em homenagem à cadeia de montanhas na qual ela foi descoberta: a Serra do Imeri
Os pesquisadores passaram 12 dias acampados no topo de uma montanha vizinha ao Pico do Imeri, a quase 1.900 metros de altitude, coletando a maior diversidade possível de plantas e animais
Os pesquisadores voltaram para casa com mais de 260 espécies de flora e fauna na bagagem; várias das quais são consideradas inéditas para a ciência
'Ouvimos o canto de um sapinho que era claramente novo. E desde os primeiros momentos tentamos encontrar o emissor daquele canto; mas foi difícil porque essa espécie é superpequena e canta muito bem escondida no musgo', conta o biólogo Antoine Fouquet ao Jornal da USP
Para encontrar o sapo em meio aos musgos e raízes foi necessário usar a técnica de playback, em que o pesquisador grava o canto do animal e toca de volta para ele, na expectativa de atraí-lo
O Neblinaphryne imeri é predominantemente marrom, com pintinhas brancas e algumas manchas amarelas espalhadas pelo corpo — principalmente na porção ventral
O trabalho que descreve oficialmente a espécie foi publicado em 25 de setembro na revista científica Zootaxa