Radioatividade

Césio-137: acidente radioativo em Goiânia completa 37 anos


Ocorrido em 13 de setembro de 1987, o episódio é o maior acidente radiológico fora de uma usina nuclear já registrado

Por Isabela Stanga
Centro Universitário Alfredo Nasser/Reprodução

O maior acidente radiológico fora de uma usina nuclear teve início em 13 de setembro de 1987, quando dois catadores de recicláveis encontraram um aparelho de radioterapia abandonado no Instituto Goiano de Radiologia

Por IAEA Imagebank

O aparelho foi vendido a um ferro-velho, e dentro dele estava um pó branco que ficava brilhante durante a noite

Imagem de Arquivo da Secretaria de Estado de Saúde de Goiás

A substância se tratava do elemento químico Césio-137, que emite radiações eletromagnéticas e partículas ionizantes que podem atravessar a pele e os tecidos do corpo

Reprodução

A exposição ao Césio-137 pode causar queimaduras, doenças agudas como câncer e problemas neurológicos, tontura, vômito, náuseas e diarreia. Além disso, a contaminação pode levar à morte

Adelano Lázaro/Reprodução

Devido à curiosidade das pessoas quanto ao pó, o material se espalhou pela cidade, ocasionando quatro mortes e deixando mais de 200 pessoas contaminadas pela radiação

Arquivo/Polícia Federal

Entre as vítimas fatais do episódio estava Leide das Neves, de seis anos. 'A Leide me chamou: 'Titia, vem ver a pedrinha brilhante que o papai trouxe'', contou uma tia da menina ao g1. A garota era sobrinha do dono do ferro-velho para onde o material foi levado

Arquivo Pessoal/Reprodução

Quase 6 mil toneladas de lixo radioativo foram recolhidas em Goiânia depois do acidente. O material foi enterrado em duas enormes caixas de concreto em Abadia de Goiás, na região metropolitana

Governo de Goiás/Divulgação