Pessoas que trabalham ao ar livre ficam muito tempo expostas às altas temperaturas. Estão nesse grupo os trabalhadores agrícolas, da limpeza urbana, da construção civil e da extração mineral, por exemplo.
A OMS (Organização Mundial da Saúde) e a OIT (Organização Internacional do Trabalho) têm alertado para ações que as populações devem tomar em períodos de altas temperaturas, especialmente aquelas pessoas que trabalham ao ar livre.
OMS e OIT defendem que haja garantia de horários prolongados de descanso, acesso a EPIs (equipamentos de proteção individual) e a todo o aparato de proteção para as atividades laborais. O alerta destaca que esses cuidados precisam de maior atenção nos países tropicais.
O Brasil tem uma legislação* que prevê um limite de exposição ao calor para pessoas que trabalham em locais fechados, com fontes artificiais de calor. Mas ainda não há legislação para as pessoas que trabalham expostas ao sol, que é uma fonte natural de calor.
Em relação aos ambientes fechados, o Ministério do Trabalho e Previdência*, estabelece a adoção de medidas de prevenção pelas empresas sempre que os níveis de exposição ocupacional ao calor forem excedidos.
- Disponibilizar água fresca potável e incentivar a ingestão; - Programar os trabalhos mais pesados (acima de 414 watts) preferencialmente nos períodos com condições térmicas mais amenas; - Disponibilizar acesso a locais, inclusive naturais, termicamente mais amenos, que possibilitem pausas espontâneas.
A pele é o maior órgão do corpo humano e funciona como uma barreira de proteção contra agentes externos. Por isso, sofre mais radiação solar em locais muito ensolarados, e no frio também recebe esse fator extremo. Caso o local seja seco, a pele vai ressecar mais.
De acordo com o médico alergista e imunologista, Raphael Coelho Figueiredo, é indicado o uso de sabonetes sintéticos, chamados Syndets. São sabonetes com o pH igual ao da pele, que respeitam a barreira cutânea e a hidratação naturais, ao contrário dos sabonetes convencionais.
A hidratação da pele é muito importante. Outra dica é o uso de hidratantes hipoalergênicos, sem muito perfume, que restauraram a barreira cutânea da pele.
A radiação solar é muito danosa para aqueles que trabalham ao ar livre, o que pode produzir um quadro inflamatório. Por isso é tão recomendado o uso de protetor solar.
Mas só aplicar o filtro solar não basta, alerta a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). Para proteger a pele, é necessário usar barreiras físicas, como chapéus, bonés, óculos de sol e roupas feitas com tecido com proteção UV.
O cenário de mudanças climáticas recomenda a conscientização dos sindicatos para que orientem os seus trabalhadores, as supervisões dos trabalhos, e elaborem cartilhas de conscientização, por exemplo.
O design de equipamentos de proteção individual, por exemplo, deve ser compatível com países tropicais, de temperaturas mais elevadas, como é o caso do Brasil.