Sabe aquele hábito de recorrer ao descongestionante nasal a qualquer hora? É assim que você pode contrair uma rinite medicamentosa, um tipo de inflamação das vias aéreas causada pelo uso exagerado e sem acompanhamento médico de descongestionantes nasais.
A rinite medicamentosa se assemelha a uma rinite comum, mas não é causada por vírus ou bactérias. O uso sem controle do medicamento faz com que ele não surta o efeito esperado, o que resulta no aumento das dosagens. Isso pode levar a irritações no nariz, ardência, aumento do congestionamento nasal, taquicardia e alteração da pressão arterial.
A má qualidade do ar causada por poluição e queimadas, somada aos baixos índices de umidade e ao uso desenfreado dos medicamentos nasais, pode causar quadros de ressecamento das vias respiratórias e inflamações nasais, explica a otorrino Maura Neves. 'Temos uma combinação de condições que pioram a qualidade da condição respiratória', afirma.
Os sintomas da rinite medicamentosa são corrimento nasal, congestão, gotejamento na parte posterior do nariz, tosse e febre baixa. Nos casos de rinite bacteriana, há a presença de secreção nasal mais espessa e coriza frequente.
As substâncias responsáveis pela irritação das narinas são compostas por estimulantes do estreitamento dos vasos sanguíneos como fenilefrina, difenidramina, cloridrato de oximetazolina, nafazolina ou cloridrato de nafazolina
Em casos graves, a doença pode causar uma série de efeitos no corpo humano, como aumento da pressão arterial, arritmias cardíacas, alteração no funcionamento de determinadas glândulas (como a próstata) e aumento da pressão ocular em pessoas que têm glaucoma.
Isso não significa que o descongestionante nasal seja um vilão. Antônio Roberto Ferreira Setton, médico especialista do Hospital de Urgência de Sergipe (Huse), aconselha o uso do medicamento somente para o período mais crítico da obstrução nasal. Mesmo assim, o paciente sempre deve buscar um especialista para o diagnóstico adequado.
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