Saúde Ambiental

Sindemia Global: o que é e como combater?


Entenda como a interação entre três pandemias em andamento pode acarretar em uma Sindemia Global

Por Marcos Moreira — Especial para o Correio
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Definição é da Comissão de Obesidade The Lancet*

Sindemia global trata da interação simultânea entre as pandemias de obesidade, desnutrição e mudanças climáticas, que são os principais desafios atuais para a vida no planeta *Revista científica sobre medicina publicada semanalmente no Reino Unido. É reconhecida como uma das mais antigas e prestigiadas do mundo.

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Obesidade é um desafio global

Atualmente, o excesso de peso corporal afeta mais de 2 bilhões de pessoas no mundo todo e é responsável por cerca de 4 milhões de mortes anualmente, segundo … Fonte: The Lancet

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Desnutrição, uma pandemia silenciosa

Dois bilhões de pessoas sofrem de deficiências de micronutrientes, e 815 milhões são cronicamente desnutridas, de acordo o estudo da The Lancet. Na região da América Latina e Caribe, o relatório divulgado nesta semana pela Organização das Nações Unidas (ONU) revelou que 6,5% da população (43,2 milhões) passam fome.

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Ameaças à saúde

A má nutrição em todas as suas formas já é a principal causa (19%) de mortes prematuras e de doenças no mundo, incluindo as cardiovasculares, segundo o relatório da revista The Lancet.

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Mudanças climáticas agravam cenário

O sanitarista Ismael Silveira aponta os métodos atuais de produção de alimentos entre os fatores que alimentam a sindemia global. 'A concentração de muitas terras agrícolas, grandes desmatamentos, produção de alimentos ultraprocessados, tudo contribui para as mudanças climáticas e também para a insegurança alimentar', afirma

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Custos sociais em decorrência das mudanças climáticas

Os ganhos em saúde alcançados nos últimos 50 anos de desenvolvimento econômico global podem ser anulados nos próximos 50, segundo The Lancet, e a população de maior vulnerabilidade social sentirá mais os impactos.

Marcelo Camargo/Agência Brasil

Como enfrentar esse cenário?

'É preciso cuidar da população para aumentar a resiliência, ter uma atenção primária forte para que estejamos vigilantes em relação aos índices de oscilação de riscos ao metabolismo das pessoas', recomenda o sanitarista Ismael Silveira, do Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal da Bahia (ISC-UFBA).

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