Em outubro de 2022, véspera do segundo turno das eleições, a aliada do ex-presidente Jair Bolsonaro Carla Zambelli perseguiu um homem com uma arma na mão na cidade de Jardins, bairro nobre de São Paulo
O episódio é considerado por aliados de Bolsonaro como o causador da derrota do ex-presidente nas urnas
O caso entrou na mira da Procuradoria-Geral da República (PGR), que pediu a condenação ao STF por porte ilegal de arma e constrangimento, com pena de multa de R$ 100 mil por danos morais coletivos, além de decretação da pena de perdimento da arma de fogo utilizada no ato, e do cancelamento definitivo do porte de arma
O ministro Gilmar Mendes (foto), destacou que, apesar da deputada possuir porte de arma, ela agiu 'fora dos limites da defesa pessoal, em contexto público e ostensivo. Ainda mais às vésperas das eleições, em tese, pode significar responsabilidade penal'
Dos onze ministros, nove votaram a favor de uma denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR). Apenas o ministro Nunes Marques votou pela rejeição da denúncia contra Zambelli, enquanto que o ministro André Mendonça avaliou que não cabe ao Supremo analisar o caso
Agora, a deputada deve apresentar a defesa para o caso, ao passo de que o STF reunirá provas sobre o episódio. Só depois dessas etapas o julgamento ocorrerá, no qual a parlamentar poderá ser absolvida ou condenada