CPMI DO 8/1

Veja pontos-chave do depoimento do hacker Walter Delgatti Neto


Delgatti depôs na CPMI de 8/1, na manhã desta quinta-feira (17/8), sobre a sua relação com a deputada Carla Zambelli (PL) e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL)

Por Correio Braziliense
Edilson Rodrigues/Agência Senad

A CPMI que apura os atos golpistas de 8 de janeiro ouve Walter Delgatti Neto, hacker conhecido por dar início à 'Vaza-Jato'. Delgatti diz ter se encontrado com o ex-presidente Bolsonaro (PL), após mediação da deputada Carla Zambelli (PL-SP), quando teria sido questionado sobre a possibilidade de invadir as urnas eletrônicas

Geraldo Magela/Agência Senado

Delgatti foi preso pela PF em 2/8, alvo de investigação sobre a inserção de 11 alvarás de soltura e um mandado de prisão contra o ministro do STF Alexandre de Moraes no Banco Nacional de Monitoramento de Prisões do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), entre 4 e 6 de janeiro deste ano

Geraldo Magela/Agência Senado

O hacker disse que esteve no Ministério da Defesa para entender o funcionamento das urnas, e fraudar o código-fonte, cinco vezes. O objetivo seria apresentar, no 7 de Setembro, ser possível uma urna imprimisse um outro voto

Geraldo Magela/Agência Senado

Delgatti contou que, ao todo, recebeu de Zambelli R$ 40 mil e que ofereceu a um funcionário da empresa de telefonia TIM pagamento em bitcoin para ter acesso aos dados telefônicos de Moraes

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Questionado pelo deputado federal Pastor Henrique Vieira (PSOL/RJ), o hacker afirmou ser 'impossível' que o sistema de votação eletrônica do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) seja violado, pois não está ligado à internet

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Durante depoimento, o hacker Delgatti acusou o senador Sergio Moro (União/PR) de ser 'um criminoso contumaz, que cometeu diversas irregularidades e crimes'

Ed Alves/CB

Durante o depoimento, Delgatti revelou que Bolsonaro afirmou ter conseguido grampear o celular do ministro. O ex-chefe do Executivo ainda teria sugerido que ele assumisse a autoria do grampo

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O encontro entre Walter e Bolsonaro, para tratar do grampo no telefone do ministro, teria sido intermediado pela deputada Carla Zambelli (PL-SP). A conversa teria ocorrido por ligação telefônica, na qual Bolsonaro teria revelado detalhes da ação. 'Ele disse que o grampo foi realizado por ‘agentes de outro país’'

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Delgatti voltou a ser alvo da PF por estar ligado à invasão de sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Sobre isso, ele disse que recebeu pagamento de Zambelli para incluir um mandado de prisão também contra Moraes

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Delgatti afirmou que o ex-presidente asseguro-lhe um indulto em troca de uma operação fake nas urnas eletrônicas. 'Ele me disse que eu estaria ajudando a salvar o Brasil', contou o depoente. 'A ideia era de que eu receberia um indulto do presidente. E ele havia concedido o indulto a um deputado federal (Daniel Silveira) e como eu estava com cautelares, que me proibiam de acessar a internet e trabalhar, eu visava esse indulto.'

Edilson Rodrigues/Agência Senad

De acordo com o hacker, Bolsonaro ainda disse que, caso alguém quisesse prendê-lo, ele mandaria prender o juiz. 'Esse grampo seria suficiente para alguma ação contra o ministro e, assim, as eleições seriam feitas com as urnas que imprimissem o voto', concluiu

Edilson Rodrigues/Agência Senad

Após o depoimento do hacker, a defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro afirmou que vai apresentar queixa-crime por calúnia. O advogado do ex-presidente disse que o hacker 'mente, mente e mente'

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