RADIOATIVIDADE

Relembre a tragédia com o Césio-137 em Goiânia


Duas fontes radioativas de césio-137 estão desaparecidas em Minas Gerais. O equipamento foi roubado de uma mineradora mineira, em 29 de junho

Por Correio Braziliense
Yosikazu Maeda/Reprodução

Fontes radioativas de Césio-137 estão desaparecidas em MG

Duas fontes radioativas de Césio-137 foram furtadas em mineradora de Nazareno (MG). A Polícia Civil de Minas Gerais e a Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), do governo federal investigam o caso. A empresa garante que não há risco iminente de radiação, mas o manuseio indevido pode causar riscos à saúde

Comissão Nacional de Energia Nuclear

O maior acidente radioativo em área urbana

O desaparecimento das fontes lembra um dia que ficou marcado na história brasileira. No dia 13 de setembro de 1987 dois catadores de sucata — Wagner Pereira, então com 19 anos, e Roberto Alves, 22 — retiraram do prédio do Instituto Goiano de Radioterapia (IGR) um aparelho de raio X abandonado dando início a uma série de eventos trágicos se sucederam

Foto: Divulgação/Cnen

Mapa do acidente

Os episódios resultaram na morte de pelo menos 66 pessoas e na contaminação de 1,4 mil indivíduos. O início do contágio foi na Rua 57, onde os catadores de sucata abriram a cápsula. A partir de então, o pó branco de brilho azul circularia por pelo menos quatro setores de Goiânia

Reprodução/Secretaria de Saúde de Goiás

Reconhecimento legal

A Lei Estadual nº 14.226, de 2002, determina o pagamento de pensões especiais 'às pessoas irradiadas ou contaminadas que trabalharam na descontaminação da área acidentada com o Césio-137, na vigilância do Depósito Provisório em Abadia de Goiás e no atendimento de saúde às vítimas diretas do acidente'. A norma inclui, ainda, descendentes até a segunda geração e portadores de moléstia considerada grave ou crônica. A legislação passou por três atualizações a fim de correção dos valores estipulados nas indenizações

Reprodução/Secretaria de Saúde de Goiás