IMPORTADA DA ARGENTINA

Linha 2022 da Ranger mais cara

Mesmo com falta de peças de reposição, queda no preço dos usados da marca Ford e promessa de redução no número de concessionárias, picape chega ao Brasil com preços até R$ 11.600 maiores

Com o lançamento da linha 2022 da Ranger, produzida na Argentina, a Ford testa, pela primeira vez, o mercado brasileiro após a sua saída do Brasil como fabricante. A picape importada chega em meio a um cenário caótico para a marca, com a falta de peças de reposição, queda no preço no mercado de usados e promessa de redução drástica no número de concessionárias instaladas no país, onde são feitas as manutenções.

Como se isso não bastasse, a Ranger 2022 chega bem mais cara, partido agora de R$ 163.490. Dos veículos ainda em produção, já que a linha Ka e EcoSport deixou de ser fabricada, a Ranger passou a ser o modelo de entrada da Ford no Brasil. A versão XLS 2.2 com tração 4x2 deixou de ser oferecida, e, agora, a Ranger é vendida apenas com tração 4x4. Tirando isso, os conjuntos mecânicos continuam iguais: motores 2.2 diesel de 160cv e 39,2kgfm de torque e 3.2 diesel com 200cv e 48kgfm. O câmbio pode ser manual ou automático, ambos de 6 marchas.

A principal novidade é a incorporação do FordPass Connect como item de série, sistema que fez sua estreia no SUV Territory e, por meio de uma chip de celular, conecta o veículo ao smartphone. Utilizando um aplicativo, é possível ligar o motor, acionar o ar-condicionado e comandar as travas das portas, assim como acessar diversas informações, como o nível de combustível e a localização do veículo. O serviço é “gratuito” (já que você paga por ele no momento da compra do veículo) durante o primeiro ano.

Mas, para isso, a versão de entrada XL cabine simples sofreu um aumento de R$ 7.200 (confira na tabela o preço de toda a linha Ranger). Nas demais versões, e não em todas, são poucas novidades. A versão XLS ganhou novas rodas de 17 polegadas (mas o preço subiu R$ 8.300). Já o pacote XLT (remarcado em R$ 10 mil) perdeu as rodas de 18 polegadas para adotar as de aro 17 com o mesmo desenho da Storm.


Compare

Veja quanto está custando a linha Ford Ranger 2022: versão, preços e reajustes

VersõesPreços (Em R$)Reajuste (Em R$)

XL 2.2 4x4 MT6 CS63.4907.200

XL 2.2 4x4 MT6 CD171.5907.500

XLS 2.2 4x4 AT6 CD200.9908.300

Storm 3.2 4x4 AT6 CD200.3908.800

XLT 3.2 4x4 AT6 CD228.99010.000

Limited 3.2 4x4 AT6 CD249.99011.600

Fonte: Pesquisa

Suzuki lança a terceira geração da Hayabusa


Quando foi lançada, em 1999, a Hayabusa tinha o carimbo de moto de série mais rápida do mundo, superando os 300km/h. O próprio batismo japonês Hayabusa foi emprestado de um falcão peregrino que, na hora do ataque, também mergulha a mais de 300km/h. Curiosamente, a sua presa preferida são os melros, conhecidos como Black Bird (Pássaro Negro), que, “coincidentemente” batizava uma de suas principais concorrentes, a Honda CBR 1100XX Blackbird. Este modelo da Honda saiu de linha em 2007, mas a Hayabusa continuou e chega a sua terceira geração já como modelo 2022.

A Suzuki, representada no Brasil pela J.Toledo, já comercializa o modelo e vai trazer a nova versão, embora ainda sem preço e data de lançamento definidos. A velocidade da Hayabusa sempre foi destaque. Porém, sua evolução foi bastante lenta. A primeira versão, de 1999, durou quase uma década, substituída pela segunda geração em 2008, que acrescentou potência. Em 2013, outra atualização, com a adoção de freios com pinças monobloco Brembo e sistema ABS. O visual, contudo, se manteve praticamente inalterado, com formas mais volumosas e arredondadas, além de iluminação em LED.

Para se adequar aos novos tempos, 22 anos depois, a terceira geração foi mais substancial, incorporando recursos eletrônicos, assistentes de pilotagem e 550 novas peças. O motor, com quatro cilindros em linha e 1.340cm³ de cilindrada, entrega 190cv a 9.700rpm, enquanto o torque atinge 15,3kgfm a 7.000rpm. Em relação ao modelo anterior, o propulsor perdeu 7cv para atender às exigências ambientais de emissões equivalentes às normas Euro 5. Em compensação, torque e potência máximos aparecem em rotações ligeiramente mais baixas, facilitando a pilotagem.

Renovação

As mudanças no motor incluíram novos pistões, bielas e virabrequim, além de uma nova caixa do filtro de ar com capacidade aumentada de 10,3 para 11,5 litros. A aerodinâmica também foi melhorada, com tomadas para captação de na dianteira, permitindo uma melhor “respiração” do motor, conhecida como SRAD. As mudanças, porém, não descaracterizaram o perfil do modelo, que conservou um visual semelhante ao da primeira geração. Os escapes, entretanto, estão mais robustos, embora 2 quilos mais leves.

 

 

Waze ou Google Maps: qual o melhor

Os aplicativos de rotas e mapas digitais ajudaram a revolucionar a maneira de como nos deslocamos para qualquer lugar. Mesmo que se trate de um caminho já conhecido, há sempre alternativas para evitar congestionamentos, acidentes de trânsito e interdições temporárias desde que alguém tenha passado antes e sinalizado automaticamente para a comunidade de usuários. Waze foi um dos pioneiros. Fundado em Israel em 2006, alcançou tanto sucesso que o Google o adquiriu em 2013. Atualmente tem versões em 50 idiomas. Estima-se que alcance mais de 130 milhões de usuários por mês no mundo.

O Google Maps, no entanto, também reúne fãs ardorosos. Os dois aplicativos, apesar de estarem dentro do mesmo grupo, são diferentes e apresentam pontos favoráveis e outros nem tanto. Um dos comparativos mais recentes, postado no começo deste mês pelo site americano Tom’s Guide, fez uma análise bastante apurada. O autor do estudo, Adam Ismail, apontou vantagens e desvantagens de cada um.

Google Maps (prós): conjunto extenso de recursos; integração de roteiros a pé ou de carro; horários de transporte público; mais informações sobre locais de origem e destino; mapas off-line; navegação aprimorada com realidade aumentada e outros recursos como indicação de restaurantes.

Waze (prós): tráfego informado por usuários de forma automatizada; alertas de perigo e policiamento; redirecionamento constante pode economizar tempo; mapas atualizados por especialistas locais; integração de streaming; modo para motociclistas.

Google Maps (contras): número de recursos de certa forma excessivo; nenhum tipo de alerta para o usuário.

Waze (contras): anúncios na tela do telefone; poucas informações sobre locais; adequado apenas para veículos; requer conexão de dados ativa.

Em resumo, o autor considerou o Google Maps mais indicado para quem usa transporte público, anda a pé, de bicicleta e com dotes de explorador. Quanto ao Waze, é melhor no dia a dia, em tráfego urbano.

Luís Fernando Carqueijo, especialista em fora de estrada, concorda com as análises. “Conforme citado pelo autor no amplo estudo, é interessante consultar o destino com o Maps e usar a navegação do Waze. Costumo estar com os dois ativos e vou monitorando. Outras vantagens do Waze são indicação de velocidade máxima da via, alerta de radares e de outros problemas enviados pela comunidade, além da rapidez na modificação de rotas. No Maps, há informações sobre o destino e melhor visualização do mapa.”

Waze, no entanto, precisa ser bem ajustado, apesar de enorme massa de informações. Mais de uma vez cheguei ao destino no lado oposto da rua ou avenida separada por faixa contínua ou de forte tráfego contrário. Para resolver isso, é preciso ir em Configurações, Preferências de direção, Navegação e selecionar Evitar conversões difíceis. O percurso pode ficar maior, mas se escapa de multa ou mesmo acidente. Particularmente útil se o motorista desconhece a rota até o destino ou já sabe das dificuldades de conversão.

Há, também, o aplicativo Here que permite baixar mapas para o celular e navegar mesmo sem conexão de dados.


ALTA RODA

Novidade
Segunda geração do Mercedes-Benz GLA (a primeira chegou ao Brasil em 2014) cresceu, seguindo a tendência mundial. O SUV de entrada da marca ganhou 3cm no entre-eixos e na largura, além de quase 9cm na altura para assegurar maior espaço interno. O desenho também foi renovado, embora mantenha a identidade do projeto original. Motor 1,3 turbo, gasolina, entrega 163 cv e 25,5 kgfm. Primeira versão disponível é a 200 AMG Line, por R$ 325.900. Mais de 40% das vendas da M-B aqui no ano passado foram de SUVs.


Fábrica
A Tesla espera inaugurar sua primeira fábrica europeia em Berlim, capital alemã, em meados deste ano. Produzirá o Model Y, SUV médio-grande de sete lugares. A marca americana pretende aumentar as vendas de 2021 em 50% sobre 2020, para 750.000 unidades elétricas em todo o mundo. Presidente da BMW, Oliver Zipse, fez um raro comentário sobre desempenho de outra marca. “Não será fácil para a Tesla continuar nessa velocidade, porque o resto da indústria está avançando muito.”


Vantagem
Motor 1-litro turbo responde por 75% das vendas do Tracker, SUV compacto da Chevrolet. Vantagem no preço (4 pontos percentuais a menos de IPI) compensa o desempenho menor em relação à versão 1,2-litro turbo. Só em situações pontuais as retomadas são algo mais lentas. Vantagem clara no nível de ruído, vibração e aspereza típico dos motores de três cilindros. Pode parecer pouco, mas os 200 cm³ a menos melhoram a experiência de uso.


Autônomos
O futuro do carro autônomo está intimamente ligado aos pneus. Pirelli afirma que com seu sistema Cyber Tyre os automóveis “sentirão” a estrada. No supercarro McLaren Artura está disponível a primeira versão que, no futuro, será aperfeiçoada. A rede de telefonia celular 5G poderá passar informações instantânea e diretamente para outros veículos no entorno. Vários fabricantes de pneus desenvolvem também recursos similares.