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Possibilidades culturais no Brasil em 2025

Conheça mais um pouco sobre as possibilidades de aproveitamento das políticas públicas disponíveis para o fomento da produção cultural em 2025 no Brasil!

Possibilidades culturais no Brasil em 2025 (Inspiração do Interior - Obra de Francisco Carlos Ferreira da Silva (Foto: Ubiraney Silva))

A aproximação do ano novo, nos remete a inúmeras reflexões, sejam elas sobre a família, as finanças pessoais, o trabalho, as rodas de amigos, mas hoje, particularmente, vou convidar vocês leitores para refletirmos sobre como podem ser as tendências para a produção cultural no Brasil em 2025.

É sabido, que o reconhecimento da produção cultural brasileira é fundamental para o desenvolvimento do país e o aquecimento econômico em todos os níveis, afinal, não se produz cultura apenas para a satisfação pessoal. A produção cultural na atualidade, ocupa um papel importantíssimo para a geração de trabalho e para o aquecimento econômico em pequenos, médios e grandes centros urbanos.

O Brasil é um país de rica diversidade cultural, com influências indígenas, africanas, europeias e asiáticas, se olharmos para o cenário cultural em todas as regiões do nosso território. Reconhecer e celebrar essa diversidade fortalece a identidade nacional e promove um sentimento de orgulho e pertencimento entre nós brasileiros.

Por tudo isso, é que não da mais para deixarmos este tema em segundo plano em nosso planejamento de vida para o futuro, ainda mais se fizermos parte como praticantes de alguma modalidade na extensa cadeia produtiva da cultura. Mais que nunca, é necessário pensarmos e discutirmos os impactos econômicos de um cenário positivo neste setor.

O impacto da indústria cultural na geração de empregos

Podemos começar pela geração de empregos. O setor cultural é uma fonte significativa de empregos diretos e indiretos de fato! Basta dedicarmos um olhar mais atencioso aos componentes dos setores envolvidos nessa cadeia produtiva tão vasta, como já dito anteriormente.

Show Mulher em Pauta em Ouro Preto/ MG (Foto: Luiza Lima)

Falamos em uma indústria cultural, que gera bilhões de reais em receita anual, produzindo renda e arrecadação, contribuindo com a economia formal e informal. A produção cultural fortalece e solidifica a identidade, gera grandes oportunidades e promove o crescimento econômico nos municípios brasileiros.

É muito satisfatório percebermos que na economia moderna, encontramos nichos de ocupação de mão de obra em novas e criativas frentes de trabalho, o que promove naturalmente o desenvolvimento social nos territórios onde se aplica um fazer cultural sério, criativo, ousado, moderno e produtivo.

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Falamos da compreensão para a preservação da identidade nacional, que protege as heranças culturais que recebemos em todos os cantos da nação brasileira. Falamos da importância da Inclusão social, que promove a acessibilidade e participação de todos no fazer cultural. Falamos dos processos educativos para uma valorização cultural, cada vez mais fortalecida, usada como uma ferramenta educacional e disciplinadora e o principal, falamos da necessidade primária da coesão social. É fundamental que a produção em todas as formas e manifestações da cultura, tornem mais fortes a união entre as comunidades.

Nos locais, cidades ou estados, onde os investimentos no desenvolvimento cultural são levados a sério, fica muito evidente a positividade e a clareza dos impactos no desenvolvimento local.

Isso se comprova pela revitalização de espaços públicos, que são transformados em praças, ruas produtivas, e até prédios transformados em locais de cultura, espaços de conhecimento, de inovação, de troca de saberes e de boa convivência.

Importância do investimento na produção cultural

Para os produtores culturais, de maneira geral, o foco no fomento econômico passa a ser um fator primordial, por isso, a produção cultural trabalhada com recursos próprios ou financiados pelos benefícios da isenção fiscal, das leis de incentivo, tem um papel preponderante no fomento à criatividade, no entendimento para o desenvolvimento sustentável do setor e é natural que se crie situações e ambientes de apoio aos pequenos empreendedores, pois é aí que temos o fomento à economia criativa.

Vale reforçar, que as políticas culturais no Brasil são essenciais para a inclusão social, especialmente no interior dos estados. Elas promovem a valorização das tradições locais, ampliam o acesso à cultura, incentivam a participação social e ajudam muito na geração do desenvolvimento econômico.

PNAB

Neste sentido, cabe aqui, chamar a atenção dos fazedores de cultura brasileiros, para que fiquem atentos, em 2025 e nos próximos 4 anos para os editais municipais e estaduais por meio da PNAB, a Política Nacional Aldir Blanc, que foi recentemente implementada pelo governo brasileiro e que nasce para fortalecer a cultura brasileira e promover a inclusão social.

Nos próximos anos, não tem mais a lamúria da desculpa da falta de apoio. A PNAB oferece subsídios e incentivos financeiros para artistas e criadores culturais, em um cenário facilitado para o desenvolvimento de carreiras e projetos do setor cultural.

Serão publicados anualmente os editais de chamamento para segmentos diversos que promoverão investimentos em programas de revitalização de bens culturais e históricos por exemplo, garantindo que a memória cultural dos lugares seja mantida para as futuras gerações.

E não é só isso, podemos reforçar a citação sobre a inclusão social. Isto se dará por meio de programas de cultura popular e comunitária, promovendo a inclusão de comunidades que se vêm à deriva da sociedade e ajudará na promoção da diversidade cultural.

Serão anos positivos para processos de educação e “culturalização” das comunidades, já que a PNAB, tem como preceito, promover a integração da cultura nas escolas, incentivando a educação artística e cultural desde cedo.

Futuro próspero

Se tivermos sorte de termos a atenção e o esforço dos gestores culturais nas secretarias de cultura nos municípios e nos estados, em procederem com as formalidades administrativas para que os órgãos públicos se tornem aptos a promoverem a aplicação legal dos recursos, tenho certeza, que ao final deste período produtivo, enxergaremos facilmente o desenvolvimento regional em todas as partes do país.

Casa de Ferramentas – Obra de Mestre Palito (Foto: Ubiraney Silva)

O investimento em cultura regional, garante o fortalecimento da identidade cultural das diferentes regiões do Brasil e óbvio, promovem o desenvolvimento econômico local.

Mas para isso, os gestores públicos em todos os âmbitos, deverão se esforçar também para capacitarem as comunidades culturais, as OSC’s – Organizações da Sociedade Civil, os promotores e agentes culturais, para que saibam como acessar os recursos, como aproveitar bem e legalmente este montante financeiro tão significativo, que foi autorizado pelo governo federal.

É bom deixar claro para os “Fazedores de Cultura”, que não vem nada de mão beijada! Será necessário o mínimo de esforço por parte das cadeias produtivas e é muito importante, que estes investimentos, sejam aproveitados para que as produções, os espetáculos, os produtos gerados, tenham garantidos, o apuro na qualidade e competência técnica em suas execuções.

Tenho militado muito em cidades do interior dos estados de Minas Gerais e do Pará e fica bem claro, que as políticas culturais focam sempre na valorização e preservação das tradições locais, como festas populares, folclore, artesanato e música.

Isso é sempre bom e ajuda a fortalecer a identidade cultural das comunidades, gerando um sentimento de pertencimento e orgulho local, mas desculpas costumeiras como, “moramos em cidades pequenas”, “somos gente humilde”, “estamos distantes dos grandes centros”, não podem ser toleradas para uma gastança desenfreada de recursos públicos em produções de qualidade mediana e ruim!

Mais que nunca, torna-se imprescindível, a capacitação para os artistas locais. As iniciativas de capacitação e formação de agentes culturais, promovem a profissionalização e a sustentabilidade de suas atividades culturais. Isso inclui cursos, oficinas e programas de intercâmbio cultural, que enriquecem a prática artística e ampliam as oportunidades de atuação.

Descentralização de recursos gera novas possibilidades

Não se tem mais dificuldades para termos acesso à cultura. Hoje em dia, se soubermos aproveitar os procedimentos aplicados na descentralização dos recursos, certamente teremos garantia de trabalho e de satisfação pessoal como artistas ou entes da produção cultural, afinal, uma das principais estratégias das políticas culturais é a descentralização de recursos. Isso significa levar investimentos, eventos e atividades culturais para além das grandes capitais, atingindo comunidades mais afastadas e rurais.

Por isso, aproveitando a instalação dos novos governos municipais em todo o território nacional a partir de janeiro de 2025, fica a dica aos novos gestores, para promoverem investimentos na criação e manutenção de bibliotecas, centros culturais e espaços comunitários, que são fundamentais para garantir o acesso à cultura.

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Esses espaços oferecem um ambiente onde as pessoas podem se reunir, aprender e compartilhar experiências culturais. Muitas vezes encontramos em cidades até pequenas, políticas culturais bem aplicadas e que incluem projetos voltados para a inclusão social de grupos vulneráveis, como crianças e adolescentes em situação de risco, idosos, pessoas com deficiência e comunidades indígenas e quilombolas.

Programas de arte-educação, por exemplo, utilizam a cultura como ferramenta para promover a cidadania e a integração social. É necessário criar o hábito e oportunidades para que a população dos municípios se exercite culturalmente, por isso a promoção de festivais e eventos comunitários é uma estratégia eficaz para envolver a população local em atividades culturais.

Esses eventos celebram a diversidade e oferecem uma plataforma para que artistas locais apresentem seu trabalho, fortalecendo os laços comunitários e se capacitem para terem segurança e assertividade no acesso aos recursos advindos do Programa Nacional Aldir Blanc e de outras fontes passíveis de serem aplicadas em todo o Brasil.

Finalizo insistindo e reforçando que investimentos em cultura geram emprego e renda, promovem o desenvolvimento intelectual e humano, especialmente no interior dos estados.  

Para você, que pretende fazer de 2025 um ano de produtividade e de prosperidade financeira, fique atento, fique esperto e aproveite todas as oportunidades que seu município te apresentará.

Leia mais, acompanhe mais o mundo oficial de sua cidade, exerça sua cidadania e contribua com o seu talento, desenvolvendo o seu conhecimento, oferecendo sua arte, seu ofício, seus saberes e sua competência profissional.

Não seja acomodado e pare de esperar as oportunidades baterem à sua porta! Fique esperto e corra atrás de seus direitos e oportunidades!

Até a próxima.

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