Apenas no ano passado, 112,6 milhões de brasileiros viajaram de avião, segundo dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), sendo 21,2 milhões em viagens internacionais. Viajar para outro país permite conhecer novas culturas, lugares e idiomas, mas para isso pode ser preciso enfrentar longos voos.
Em trajetos como o de São Paulo à Roma, a duração média do voo pode chegar a 11 horas. Para aqueles que desejam conhecer os bairros de Tóquio, pode ser necessário enfrentar cerca de 26 horas, dependendo da rota.
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Além do desconforto de ficar longas horas sentado, afetando o humor e o relógio biológico, a saúde do passageiro também pode ser impactada, podendo enfrentar problemas como desidratação, dores musculares e ressecamento nasal. De acordo com a Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular Regional (SBACV), existe, ainda, o risco de trombose venosa profunda.
Por ficar muitas horas sem se movimentar, podem ser formados coágulos sanguíneos nas veias dos membros inferiores, obstruindo a passagem de sangue e causando dor e inchaço na região. Sem o devido cuidado, podem ser desencadeados quadros mais graves, como a embolia pulmonar. A SBACV explica que esse problema é comumente chamado de “trombose do viajante”, pela recorrência de registro em indivíduos com esse perfil.
No entanto, é possível evitar o transtorno com a adoção de medidas simples, como fazer caminhadas pela aeronave para melhorar a circulação. De acordo com a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), é permitido caminhar em voos e se alongar, desde que não atrapalhe a tripulação ou não seja durante pousos, decolagens ou turbulência.
Também é recomendado pela SBACV se manter hidratado, visto que a água afina o sangue e diminui o risco da formação de colágenos, usar meia elástica de média compreensão, movimentar os pés e a panturrilha mesmo quando sentado, além de evitar bebidas alcoólicas e medicações sedativas.
Preparação antes da viagem
Uma boa experiência durante a viagem começa no planejamento, que vai além de se preocupar com o seu roteiro ou com o melhor lugar para se hospedar em Roma, por exemplo, incluindo se preparar para enfrentar o trajeto com conforto e segurança.
Na hora de escolher a roupa para viajar, a recomendação é priorizar tecidos leves e confortáveis, que não sejam apertados e restrinjam o movimento, dificultando ainda o retorno venoso, conforme aponta a SBACV. Para aqueles que sentem mais frio, é importante levar casaco ou, até mesmo, mantas para servirem de cobertor.
Tendo em vista que podem ocorrer atrasos em voos com escala e problemas com a bagagem despachada, outro conselho é levar uma muda de roupa na bagagem de mão, além de preparar uma necessaire com itens de higiene e artigos essenciais, como escova de dentes e medicamentos de uso regular. Até julho deste ano, 416 mil passageiros foram afetados por atrasos superiores a duas horas, segundo levantamento da AirHelp.
Levar fones de ouvido e opções de entretenimento off-line, como livros ou filmes e séries baixadas no celular ou tablet ajudam a passar o tempo e tornar a viagem mais relaxante.
Ar seco e conforto respiratório durante o voo
Durante os voos, é comum que os olhos, a boca e o nariz fiquem excessivamente secos. Em entrevista à imprensa, o médico especializado em urologia e medicina de expedição, Michael J. Manyak, informou que, aproximadamente, 50% do ar que circula dentro do avião é puxado do seu exterior em altitudes secas e elevadas, onde a umidade é mais baixa do que a do ar respirado em terra.
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Pensando nisso, além de ingerir bastante água, outra alternativa é levar hidratantes, colírios e sprays nasais a fim de evitar o incômodo com o ressecamento das mucosas durante o voo.
A médica e professora clínico de medicina de emergência da Universidade de Stanford, Laleh Gharahbaghian, acrescenta, ainda, a recomendação de tomar descongestionantes antes do voo e medicamentos anti-inflamatórios, caso o passageiro esteja resfriado ou congestionado.
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