Todo conteúdo é fundamentado no Guia de Conhecimento em Gerenciamento de Projetos, conhecido como PMBOK e que, em sua 7ª edição, continua sendo uma referência internacional amplamente reconhecida no campo do gerenciamento de projetos. Ele oferece diretrizes e melhores práticas para profissionais em todo o mundo.
Esteja preparado para uma jornada de aprendizado significativa que alia padrões globais de gerenciamento de projetos à prática no contexto específico do turismo.
No post de hoje, vamos falar sobre o Domínio de Desempenho da Entrega. Você já pensou que cada viagem começa com um objetivo? Seja relaxar, explorar novos lugares, trabalhar ou celebrar algo especial, sempre há um destino final que queremos alcançar. Nos negócios, os projetos funcionam de forma parecida: são jornadas com um propósito bem definido, ajudando as empresas a atingir seus objetivos estratégicos.
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Mas, antes de continuar, vamos explorar um conceito-chave: o que é uma entrega?
Pense em um projeto como uma viagem organizada: o destino final é a entrega, ou seja, aquilo que será entregue ao final do percurso. Pode ser um produto, como um site novo para reservas; um serviço, um programa de atendimento mais rápido; ou até mesmo um resultado, por exemplo, como atrair mais turistas na baixa temporada.
Por que as entregas são tão importantes?
As entregas são o motivo de existir dos projetos — é o que traz valor tanto para a empresa quanto para os clientes. No setor de turismo, elas podem assumir várias formas, como:
Entrega de um serviço: uma agência de viagens cria um sistema online que permite que os turistas montem seus próprios pacotes de viagem. É como dar a cada cliente o papel de “roteirista” da sua própria aventura.
Entrega de um produto: imagine um audioguia com realidade aumentada, que transforma a visita a um ponto turístico em uma experiência interativa. É como oferecer um novo olhar sobre um destino clássico.
Entrega de um resultado: um projeto de marketing que, ao criar promoções criativas, aumenta a ocupação de um hotel durante a baixa temporada. É como encher um restaurante vazio com clientes felizes.
Todo projeto, seja em turismo ou qualquer outro setor, deve entregar valor para o negócio. Esse valor pode ser percebido de várias formas, como a satisfação do cliente, o aumento das vendas ou a eficiência operacional.
Mas o que exatamente significa “entregar valor”? O valor de negócio pode ser capturado em diferentes momentos, dependendo das características do projeto. Em alguns casos, o retorno acontece durante a execução do projeto, quando uma nova ferramenta já começa a gerar economia. Em outros casos, o valor só é percebido após o término do projeto, como o aumento de turistas em uma nova rota implementada.
Para garantir que o valor seja atingido, os projetos geralmente são guiados por um business case (caso de negócios). Este documento é como um mapa que norteia a tomada de decisão. Ele descreve os objetivos do projeto, estima o retorno sobre o investimento (ROI) e conecta os resultados esperados com as metas da empresa.
No setor de turismo, um exemplo de business case poderia ser a implementação de um sistema de reservas online mais eficiente. As estimativas poderiam incluir:
- Redução de custos operacionais: menos recursos gastos em atendimento manual.
- Aumento das vendas: crescimento de 15% nas reservas diretas nos primeiros 6 meses.
- Melhoria da experiência do cliente: mais satisfação medida em avaliações online.
Durante e após o projeto, o desempenho dessas métricas pode ser comparado com o que foi previsto no business case, garantindo que o valor está sendo entregue conforme planejado.
A importância da flexibilidade e como lidar com mudanças
No universo dos projetos, uma coisa é certa: o ambiente está sempre mudando. E isso não é necessariamente um problema — é parte do processo!
Projetos operam em cenários de incerteza, em que tendências do mercado, expectativas dos clientes ou até questões econômicas podem influenciar o resultado esperado. No turismo, isso pode ser ainda mais evidente, pois o setor é fortemente afetado por fatores externos, como sazonalidade, mudanças no comportamento dos viajantes ou inovações tecnológicas.
Imagine um projeto para criar uma nova plataforma de reservas de pacotes turísticos. No início, a meta é atingir um número específico de vendas online em 12 meses. Mas, no meio do projeto, surgem novas tecnologias ou uma mudança nas preferências dos clientes, como a demanda por viagens sustentáveis. Nesse caso, a meta pode ser ajustada para incluir funcionalidades que atendam a essa nova expectativa.
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É essencial compreender que, quanto mais longo o prazo de um projeto, maior a chance de as metas precisarem ser ajustadas. Por isso, adotar uma abordagem flexível e estar pronto para reorientar o foco, quando necessário, é fundamental.
Ter metas móveis não significa falta de planejamento; é uma demonstração de agilidade e maturidade no gerenciamento de projetos. Aqui estão algumas formas de lidar com essas mudanças:
Revisão constante do business case: avalie regularmente se as metas ainda fazem sentido no contexto atual. Isso ajuda a manter o projeto alinhado aos objetivos estratégicos da empresa.
Monitoramento de tendências: no turismo, acompanhar tendências pode evitar surpresas e ajudar na adaptação das metas.
Comunicação transparente: mantenha todas as partes interessadas informadas sobre possíveis mudanças de meta e o impacto no projeto.
Um projeto só atinge seu verdadeiro objetivo quando entrega valor real. Seja através do lançamento de um novo produto, da resolução de problemas ou da melhoria de processos, a entrega de valor é sempre o resultado esperado.
No entanto, é importante lembrar que o sucesso de um projeto não está em seguir o plano à risca, mas em alcançar resultados que façam sentido no momento da conclusão. Às vezes, o destino final pode ser diferente do planejado, mas é essa capacidade de adaptação que torna toda a jornada valer a pena!
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