A riqueza e a diversidade da cultura negra podem ser conferidas pelo público mineiro na exposição Encruzilhadas da Arte Afro-Brasileira, no Centro Cultural Banco do Brasil Belo Horizonte (CCBB BH), até 05 de agosto. Na cidade mineira, mais de 170 mil visitantes já conheceram as obras de 61 artistas negros, de diversas regiões brasileiras, que tratam de temáticas como religiões de matriz africana no país sob o aspecto cultural, o reconhecimento de ancestrais e o combate ao racismo. A entrada é gratuita, de quarta a segunda, das 10h às 22h, mediante retirada de ingresso pelo site do CCBB BH ou em sua bilheteria física.
Encruzilhadas da Arte Afro Brasileira
Com curadoria de Deri Andrade e dividida em cinco eixos, a exposição abarca trabalhos de artistas do pré-modernismo até a contemporaneidade. Cada seção é representada por uma grande personalidade: Arthur Timótheo da Costa (Rio de Janeiro, RJ, 1882-1922), Rubem Valentim (Salvador, BA, 1922- São Paulo, SP, 1991), Maria Auxiliadora (Campo Belo, MG, 1935 – São Paulo, SP, 1974), Mestre Didi (Salvador, BA, 1917- 2013) e Lita Cerqueira (Salvador, BA, 1952).
Os cinco lideram, respectivamente, os eixos: Tornar-se, sobre a importância do ateliê de artista; Linguagens, que aborda os movimentos artísticos; Cosmovisão, a respeito do engajamento político e direitos; Orum, sobre as relações espirituais entre o céu e a terra, a partir do fluxo entre Brasil e África; e Cotidianos, que aborda as discussões sobre representatividade.
“Encruzilhadas da Arte Afro-Brasileira” é um desdobramento do Projeto Afro, em desenvolvimento desde 2016 e lançado em 2020, que hoje reúne cerca de 300 artistas catalogados na plataforma. São nomes que abarcam um vasto período da produção artística no Brasil, do século XIX até os contemporâneos nascidos nos anos 2000.
A mostra conta com um espaço próprio do Projeto Afro, no qual o público pode consultar materiais de pesquisa e acessar a plataforma. As obras estão em exibição nas galerias do 3º andar e no Pátio.
Destaques
Depois de ser exibida em São Paulo, “Encruzilhadas da Arte Afro-Brasileira” ganhou uma nova versão em Belo Horizonte, com a inclusão de dois trabalhos originais de Rubem Valentim, a reunião de três obras de Arthur Timótheo da Costa e um trabalho inédito de Massuelen Cristina, composto por fotos e faixas com grafismos. A exposição conta com patrocínio do Banco do Brasil e BB Asset Management, e produção da Tatu Cultural.
A exposição está em seus últimos dias, se encerrando em 5 de agosto. O horário de funcionamento é de 10h às 22h. Classificação indicativa é livre.
Circuito Liberdade
O CCBB BH é integrante do Circuito Liberdade, complexo cultural sob gestão da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult), que reúne diversos espaços com as mais variadas formas de manifestação de arte e cultura em transversalidade com o turismo. Trabalhando em rede, as atividades dos equipamentos parceiros ao Circuito buscam desenvolvimento humano, cultural, turístico, social e econômico, com foco na economia criativa como mecanismo de geração de emprego e renda, além da democratização e ampliação do acesso da população às atividades propostas.
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