O turismo nem sempre está atrelado ao lazer. Para a viagem acontecer ela só precisa de uma coisa: motivo. E essa motivação pode vir por diversas coisas, seja vontade de conhecer um lugar novo, descanso e até uma paixão que virou trabalho. Assim foi com diversos colecionadores e expositores que participaram do Encontro Mineiro de Filatelia e Numismática 2024, que aconteceu entre os dias 18 e 20 de abril, no Hotel Royal Golden, em Belo Horizonte.
O evento possuiu mais de 40 mil itens em exposição e recebeu participantes de várias regiões do Brasil. De uma ponta a outra do país, o evento contou com expositores de: Recife (PE), Goiânia (GO), Araguari (MG), Ribeirão Pires (SP), São Paulo (SP), Macaé (RJ), Rio de Janeiro (RJ), Vitória (ES), Curitiba (PR), Pelotas (RS), além de expositores locais de Belo Horizonte.
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Costantino Papazoglu, membro da comissão organizadora do evento, comentou que o público de visitantes do evento costuma ser local, a movimentação acontece entre os expositores e comerciantes, que viajam pelo Brasil e pelo mundo participando de encontros, exposições e competições filatélicas e/ou numismáticas. O organizador ainda pontuou que em eventos mundiais, sendo o último no Brasil em 2013, costumam atrair comerciantes do mundo inteiro.
O comerciante Cláudio Walter Neumann, da filatelia, conta: “Eu viajo basicamente o Brasil todo, sempre comercializando em feiras específicas de filatelia ou de multicolecionalismo de um modo geral. É interessante que existe uma interação entre os diferentes estados e os diferentes colecionadores do Brasil todo”. A comerciante Luiza Capelli, da numismática, também comenta: “Realmente acontece no Brasil inteiro. É uma coisa bem, assim, é VIP. As pessoas realmente não conhecem, eles acham engraçado que eu viva disso. E tem eventos no Brasil todo. Norte, Sul, Leste e Oeste, internacionalmente. E, assim, esse ano eu devo fazer umas 20 viagens no ano todo. Acabei de voltar de Porto Alegre, agora no começo do mês eu tô indo pro Rio, no final do mês eu tô indo pra Goiânia, e assim vai.”
Capelli comenta que o evento também tem uma função educacional, buscando passar a frente o ensinamento sobre o colecionismo, ensinando sobre valor, importância, história, material, entre outros conceitos. A comerciante comenta ainda que no Brasil existem diversos programas educacionais como palestras, eventos e até um projeto voltado para o público infantil, o Colecionador Mirim.
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Durante o Encontro de Filatelia e Numismática aconteceu a 1ª Expo BH, com exposições de 25 coleções filatélicas participando de uma competição. “E essas exposições competitivas que a gente tem, credenciam essas coleções a participar de exposições mundiais. Então, por exemplo, simultaneamente a essa está acontecendo uma hoje na Romênia. E tem apenas seis coleções brasileiras na Romênia concorrendo aos prêmios que lá também existem.”, comentou Papazoglu.
Eventos como esse movimentam o setor do turismo e precisam ter uma atenção do trade, que precisa estar preparado para receber aqueles turistas que não estão na cidade apenas para aproveitar dos atrativos e dos equipamentos de lazer. Além da estadia, os participantes do evento precisarão se alimentar, se locomover pela cidade e, se possível, conhecer um pouco da localidade. Coisas simples já fazem a diferença na estadia de um profissional que viaja. Para não acordar cansado no outro dia, talvez ele não queira ir para um estabelecimento com música ao vivo ou algo mais movimentado, mas pode ser que ele queira sair para comer algo típico da região. Por isso, é interessante que a equipe do meio de hospedagem saiba indicar locais próximos que caibam dentro das especificidades desse viajante.
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