Turismo

Airbnb pode ter aluguéis de longa duração e restaurantes pop-up

CEO do Airbnb indicou aluguéis de três meses a um ano como alternativas para a empresa, ao lado de serviços de locação de carros e restaurantes pop-up

Airbnb preto e branco halloween -  (crédito: Reprodução/Airbnb (modificada))
Airbnb preto e branco halloween - (crédito: Reprodução/Airbnb (modificada))
Felipe Demartini - CanalTech
postado em 06/10/2023 13:30 / atualizado em 06/10/2023 13:30

O Airbnb pode começar a alugar propriedades por períodos prolongados, que podem ir de três meses a até um ano. Essa possibilidade foi citada pelo CEO da empresa, Brian Chesky, como uma alternativa para a continuidade dos negócios, juntamente com uma expansão para serviços de locação de carros e eventos envolvendo restaurantes pop-up.

Em entrevista ao jornal americano The Financial Times, o executivo afirmou indicou que os tempos mudaram, principalmente depois da pandemia e com o crescimento do trabalho remoto. As pessoas não estariam mais interessadas em alugueis convencionais, na visão dele, com a possibilidade de viajar e seguir atuando levando à "grande oportunidade" que enxerga nos aluguéis de longa duração.

Chesky citou este como um mercado "invisível", que ainda não é coberto pelas alternativas disponíveis no setor de tecnologia e, muito menos, na formalidade dos contratos de locação. Seria, também, uma forma de combater as críticas de que o Airbnb estaria contribuindo para expandir a crise imobiliária nos EUA, com um aumento de preços motivado pela preferência dos proprietários em alugar apartamentos por períodos curtos, a um valor mais alto por dia.

O CEO do Airbnb, Brian Chesky, vê nos alugueis de longa duração, locação de carros e restaurantes o futuro do serviço (Imagem: Divulgação/Airbnb)

O executivo não comentou os estudos ou aplicação de restrições a estadias de curta duração em cidades como Nova York, Florença e Londres, indicando apenas que a ideia é incentivar os aluguéis de longa duração. Hoje, segundo ele, menos de 20% dos clientes do Airbnb permanecem em uma hospedagem por mais do que um mês.

O próximo passo do Airbnb

A entrevista de Chesky não traz muitos detalhes, mas também indica alguns caminhos alternativos que podem ser seguidos pelo Airbnb. Ao lado das experiências, elementos acoplados às hospedagens nas cidades em que está disponível, outro serviço comum em apps de viagens também pode ser adicionado, com os usuários podendo alugar carros de forma direta.

Mais curioso, entretanto, é a ideia de gerenciar restaurantes pop-up, alugando propriedades comerciais para que chefs, investidores e entusiastas possam servir comida por um determinado período de tempo. É uma forma, também, de aproveitar uma tendência que começou com os food trucks e se estabeleceu como um elemento de atração na gastronomia moderna.

O que Chesky apontou ser a maior atualização da história do Airbnb deve se desenrolar até o final de 2024, com as primeiras novidades começando a aparecer já em novembro. O momento "de ouro", apontou o executivo, é o verão do hemisfério norte, que começa no final do primeiro semestre do ano que vem, quando a expansão deve estar estabelecida.

Fonte: The Financial Times

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