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NVIDIA lucrará US$ 12 bilhões com IA na China apesar de embargos

NVIDIA tem projeção de lucrar US$ 12 bilhões com produtos de IA na China no próximo ano fiscal, apesar de embargos de exportação impostos pelos EUA

A NVIDIA irá lucrar cerca de US$ 12 bilhões com IA na China no próximo ano fiscal, apesar dos embargos impostos pelos EUA nos últimos anos. Segundo relatório da SemiAnalysis divulgado na última quinta-feira (4), a projeção de lucro é baseada quase que exclusivamente na venda de aceleradores NVIDIA H20, com apenas 15% do poder de processamento das placas H100 que dominam o mercado global de IA.

O Canaltech esteve na conferência GTC 2024 em março, e a projeção corrobora com falas de Jensen Huang em Q&A com a imprensa. Quando questionado sobre como a NVIDIA lidaria com os embargos, executivo foi categórico ao afirmar que “está investindo para adaptar sua produção de chips de IA para cumprir restrições”, mas não está nos planos da NVIDIA sair do mercado chinês, uma vez que ele extremamente importante para a empresa.

Huang retomou o tópico durante a última conferência com investidores em maio, reforçando que “o volume de negócios na China é substancialmente menor do que no passado”. Contudo, o “mercado chinês etá ainda mais competitivo atualmente”, uma vez que embargos afetam todas as empresas estadunidenses de IA, e não apenas a NVIDIA.

Infraestrutura NVIDIA estabelecida

Diversas fabricantes chinesas já estão investindo em aceleradores de IA, como os Ascend 910B da Huawei, mas as primeiras restrições pesadas de importação foram impostas pela administração Biden apenas em 2022. Sendo assim, uma série de empresas locais já haviam estabelecido infraestruturas de IA baseadas nos chips H100 e A100.

Como as plataformas NVIDIA utilizam arquitetura proprietária CUDA, migrar para ecossistemas de aplicações e desenvolvimento não-NVIDIA é extremamente complexo e, acima de tudo, caro. Os chips NVIDIA H20 ficam apenas um pouco atrás dos 910B, mas ainda são muito superiores aos aceleradores da Baidu e Tencent, fazendo mais sentido manter uma infraestrutura NVIDIA mais simples, do que criar uma nova 100% chinesa.

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