Nos Estados Unidos, as autoridades de saúde alertam para aumento de casos da covid-19 e atendimento nos prontos-socorros. Essa onda de casos está relacionada com um grupo de novas variantes do coronavírus SARS-CoV-2, como LB.1 e KP.3, segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC).
No estado de Ohio, os atendimentos por causa da covid-19 aumentaram em mais de 23%, enquanto as mortes pela infecção subiram 14,3%, por exemplo. Embora esse aumento seja real, ele é muito distante da situação vista nos meses mais críticos da pandemia, onde milhares de pessoas buscavam atendimento emergencial.
“Espera-se que a covid-19 continue a provocar surtos periódicos à medida que novas variantes surgem”, explica Jasmine Reed, porta-voz do CDC, para o jornal The Washington Post. Entre outros fatores, isso ocorreu devido à diminuição do efeito protetor da imunidade gerada por infecções anteriores e pelas baixas taxas de vacinação.
Novas variantes da covid-19
Considerando o último levantamento do CDC, divulgado no final de junho, confira as variantes da covid-19 predominantes nos EUA, em ordem decrescente:
- KP.3: responsável por 33,1% dos novos casos de covid nos EUA;
- KP.2: responsável por 20,8%;
- LB.1: responsável por 17,5%;
- KP.1: responsável por 9%.
Em comum, todas as novas variantes descendem da variante JN.1 e foram apelidadas informalmente de “FLiRT”. Para entender, cada letra desta sigla faz referência a uma mutação específica na proteína S, encontrada na membrana viral.A exceção é a LB.1, já que possui uma mutação adicional, divergindo das outras.
Em alguns casos, essas mutações são associadas a uma capacidade maior de transmissão, mas não foram relacionadas com infecções mais graves da covid-19.