Tecnologia

Geleira no Alasca está derretendo em ritmo alarmante

Estudo feito com imagens de satélite aponta que as geleiras do campo de gelo de Juneau, no Alasca, estão derretendo rápido demais; isso elevará nível do mar

A temperatura média do planeta está esquentando, o que impacta até regiões congelantes do globo. Nesta semana, uma equipe internacional de cientistas anunciou a descoberta de que o campo de gelo de Juneau, um aglomerado com mais de mil geleiras no Alasca (EUA), está derretendo em ritmo alarmante.

Publicado na revista Nature Communications, o estudo sobre o campo de gelo de Juneau indica que as taxas de derretimento da área coberta por neve estão 4,6 vezes mais rápidas. Isso quando se compara os dados coletados entre 2015 e 2019 com os de 1948 e 1979.

Para traçar esse panorama do derretimento das geleiras do Alasca, os pesquisadores cruzaram informações de diferentes fontes, como imagens de satélite da NASA, fotos feitas durante voos locais e medições históricas da região.

Se a situação não for revertida, com a redução da emissão de gases do efeito estufa ou outras medidas globais, o gelo que derrete majoritariamente no estado norte-americano irá contribuir com a elevação dos níveis do mar. Quando se soma o impacto desse processo com os de outras geleiras, isso afetará até mesmo países distantes, como o Brasil.

Campo de gelo de Juneau, no Alasca

Segundo a equipe internacional de pesquisa, a perda de gelo nessa região do Alasca permaneceu consistente entre os anos de 1770 e 1979. Em média, eram perdidos de 0,65 a 1,01 km³/ano.

Entre 1979 e 2010, o processo de perda da cobertura glacial no campo de gelo de Juneau se intensificou, sendo estimado entre 3,08 a 3,72 km³/ano. Agora, de 2010 a 2019, ocorreu uma aceleração alarmante de 5,91 km³/ano. O ritmo é mais alarmante nos últimos cinco anos.

A seguir, veja na imagem E o nível de derretimento da cobertura de gelo, sendo que as porções em vermelho representam a área original:

Trending no Canaltech:

Mais Lidas