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Lobo siberiano preservado há 44 mil anos pode hospedar vírus desconhecidos

Na Rússia, cientistas encontraram um lobo siberiano de 44 mil anos preservado no permafrost; animal congelado pode conter bactérias e vírus desconhecidos

Na Rússia, pesquisadores da Universidade Federal do Nordeste Ammosov (NEFU) realizaram a necrópsia (autópsia) de um lobo siberiano. O animal estava há mais de 44 mil anos congelado no permafrost da Sibéria. A equipe ainda vai analisar em laboratório o material coletado, mas pode ter descoberto bactérias e vírus desconhecidos.

"É possível que sejam descobertos microrganismos que possam ser utilizados na medicina e na biotecnologia como produtores promissores de substâncias biologicamente ativas [para uso oportuno de farmacêuticas]”, sugere Artemy Goncharov, professor de epidemiologia da universidade e chefe do laboratório de genômica do Instituto de Medicina Experimental, em nota.

O mais curioso do achado envolvendo o lobo siberiano é que essas bactérias e vírus ainda podem estar vivos (em estado de “hibernação”), mesmo após milhares de anos. Isso porque o animal foi preservado em uma camada de solo que se mantém permanentemente congelada há milhares de anos, desde o Pleistoceno. 

Bactérias e vírus em lobo congelado

Anteriormente, “vimos que microorganismos vivos podem sobreviver em achados de animais fósseis por milhares de anos, que são uma espécie de testemunhas daqueles tempos antigos", afirma o pesquisador Goncharov.

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