O astronauta Matthew Dominick, da NASA, tirou novas fotos do furacão Beryl visto da Estação Espacial Internacional, a cerca de 400 km de altitude. Os cliques foram feitos na segunda (1º), quando a tempestade ainda estava na região do Caribe.
Dominick é o comandante da missão Crew-8 e está no laboratório orbital desde março. Ele divulgou os registros em uma publicação no X, o antigo Twitter.
“Voamos logo acima da parte superior do furacão Beryl hoje. Olhar em seu olho com a lente de 50 a 500 mm me deu uma sensação estranha e um alto nível de empolgação meteorológica nerd”, escreveu ele na publicação no X, o antigo Twitter.
Fotos como estas que você vai ver abaixo, bem como observações de satélites, são alguns dos meios pelos quais a NASA estuda estes fenômenos do espaço.
We flew right over the top of Hurricane Beryl today. Peering down into the eye with the 50 to 500 mm lens gave me both an eerie feeling and a high level of weather nerd excitement.
Whole Hurricane: 50mm, f9, ISO 1000, 1/32000
Eye: 210mm (50 to 500m lens), f13, ISO 1000, 1/26000 pic.twitter.com/731tEy0CJh— Matthew Dominick (@dominickmatthew) July 1, 2024
Esta perspectiva única ajuda os cientistas da agência espacial a compreender melhor como as mudanças climáticas afetam os furacões, contribuindo também para a preparação para futuros ciclones em nosso planeta em meio ao aquecimento global.
Foi no início da semana que o furacão Beryl tocou o solo do Caribe. Mas nesta sexta (5) o fenômeno chegou à península de Yucatán e ganhou força, alcançando a categoria 3 em uma escala de 5 níveis. Isso significa que seus ventos podem chegar a 208 km/h, com potencial para causar danos vastos.
O furacão Beryl já causou 11 mortes e deixou um rastro de destruição no Caribe. Por isso, o México já vinha se preparando para o fenômeno, fechando hotéis e comércios.
O que é um furacão?
Furacões são ciclones tropicais que se formam no oceano Atlântico ou na parte leste do Pacífico. Para um furacão acontecer, é preciso ar quente e úmido sobre a superfície do oceano.
Esta massa de ar sobre o oceano sobe e fica próxima à superfície, formando uma área de baixa pressão abaixo dela. Depois, o ar das áreas próximas, com maior pressão, é empurrado para aquela de baixa pressão.
Em seguida, o ar “novo” fica quente e úmido e sobe. Conforme isso acontece, o ar por perto toma seu lugar em um redemoinho. Conforme o ar aquecido e úmido sobe, ele é esfriado e sua umidade forma nuvens. Eis que surge um furacão: o sistema de nuvens e ventos gira e se expande, se alimentando do calor e umidade do oceano.
Fonte: G1