A NASA estendeu a estadia dos astronautas Butch Wilmore e Suni Williams na Estação Espacial Internacional (ISS). O motivo é a espaçonave Starliner, o veículo que os levou ao laboratório orbital e que apresentou vazamentos de hélio em seu sistema de propulsão. Testes estão ocorrendo em solo, e por isso, o retorno da dupla foi adiado indefinidamente.
Após vários adiamentos, foi em 5 de junho que a Starliner foi lançada, levando Butch e Suni à Estação. Eles chegaram no dia seguinte e deveriam passar cerca de uma semana no laboratório orbital, mas devido aos problemas da Starliner, a estadia por lá vai durar mais que o planejado inicialmente.
“Não estamos presos na ISS”, disse Mark Nappi, vice-presidente do programa Commercial Crew na Boeing, em uma conferência realizada em 28 de junho. “A tripulação não está em perigo algum e não vai ter aumento de riscos quando decidirmos trazer Suni e Butch de volta para a Terra”, acrescentou.
Já Steve Sitch, oficial da NASA, declarou que uma versão do propulsor da Starliner está passando por testes rigorosos em solo, realizados para replicar os problemas observados no espaço. Segundo ele, o procedimento iria começar em 2 de julho e deveria durar algumas semanas. “Só vamos trabalhar no plano de pouso quando os testes acabarem”, acrescentou.
#Starliner teams continue testing in space and on the ground to support future long-duration missions. On July 10, media will be able to speak with Crew Flight Test astronauts Butch Wilmore and @Astro_Suni from @Space_Station.
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De acordo com ele, a Starliner foi projetada para passar até 210 dias no espaço. Já a missão de Butch e Suni foi desenhada para durar até 45 dias, prazo determinado com base na duração da bateria da espaçonave. Por outro lado, a Starliner está acoplada ao laboratório orbital e vem recarregando suas baterias conforme o esperado.
Se for necessário trazer os astronautas de volta à Terra o quanto antes, a NASA poderia contar com uma cápsula Dragon, da SpaceX, ou até com uma espaçonave russa Soyuz. Laura Forczyk, diretora executiva na Astralytical, acredita que nada disso vai ser necessário.
“Não vejo isso como nada crítico ou que coloque a vida [dos astronautas] em risco”, disse ela. “Acho apenas que eles estão sendo extremamente cautelosos, como devem ser, porque o veículo não está operando como deveria”, finalizou.
Fonte: NPR