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Novas variantes da covid-19 geram aumento de casos nos EUA

Novas variantes da covid-19 provocam aumento de casos da infecção nos EUA, segundo autoridades de saúde; KP.3, KP.2 e LB.1 são as cepas mais comuns no país

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Coronavírus -  (crédito: kjpargeter/Freepik)
Coronavírus - (crédito: kjpargeter/Freepik)
Fidel Forato - Canaltech
postado em 05/07/2024 11:45

Nos Estados Unidos, as autoridades de saúde alertam para aumento de casos da covid-19 e atendimento nos prontos-socorros. Essa onda de casos está relacionada com um grupo de novas variantes do coronavírus SARS-CoV-2, como LB.1 e KP.3, segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC).

No estado de Ohio, os atendimentos por causa da covid-19 aumentaram em mais de 23%, enquanto as mortes pela infecção subiram 14,3%, por exemplo. Embora esse aumento seja real, ele é muito distante da situação vista nos meses mais críticos da pandemia, onde milhares de pessoas buscavam atendimento emergencial.

“Espera-se que a covid-19 continue a provocar surtos periódicos à medida que novas variantes surgem”, explica Jasmine Reed, porta-voz do CDC, para o jornal The Washington Post. Entre outros fatores, isso ocorreu devido à diminuição do efeito protetor da imunidade gerada por infecções anteriores e pelas baixas taxas de vacinação.

Novas variantes da covid-19

Considerando o último levantamento do CDC, divulgado no final de junho, confira as variantes da covid-19 predominantes nos EUA, em ordem decrescente:

  • KP.3: responsável por 33,1% dos novos casos de covid nos EUA;
  • KP.2: responsável por 20,8%;
  • LB.1: responsável por 17,5%;
  • KP.1: responsável por 9%.

Em comum, todas as novas variantes descendem da variante JN.1 e foram apelidadas informalmente de “FLiRT”. Para entender, cada letra desta sigla faz referência a uma mutação específica na proteína S, encontrada na membrana viral.A exceção é a LB.1, já que possui uma mutação adicional, divergindo das outras.

Em alguns casos, essas mutações são associadas a uma capacidade maior de transmissão, mas não foram relacionadas com infecções mais graves da covid-19.

Novas variantes da covid-19, como KP.3 e LB.1, causam aumento de casos nos EUA (Imagem: Reprodução/CDC)

“Muito disso está no nível molecular. A diferença clínica [entre as novas variantes] é pequena, se houver”, afirma Preeti Malani, médica infectologista da Universidade de Michigan. “É importante rastrear isso do ponto de vista da saúde pública, mas, para mim, essa é uma evolução normal e esperada [do coronavírus]”, acrescente.

Novos sintomas da covid?

Como indicou a infectologista Malani, não foram identificados novos sintomas da covid-19 relacionados a essas variantes em crescimento, como a KP.3 e LB.1. Então, os sintomas mais comuns da infecção continuam os mesmos: 

  • Febre;
  • Dor de garganta;
  • Tosse;
  • Falta de ar ou dificuldade para respirar;
  • Fadiga;
  • Dores musculares;
  • Dor de cabeça;
  • Perda de paladar ou olfato;
  • Congestão nasal (“nariz entupido”);
  • Náuseas e vômito;
  • Diarréia.

E o Brasil?

Diferente dos EUA, o Brasil não enfrenta um novo aumento de casos da covid-19. É o que revela o Boletim do InfoGripe, levantamento sobre doenças respiratórias da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), divulgado na quinta-feira (4). 

A maioria dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), condição de síndrome gripal que leva à hospitalização, está relacionada com os vírus VSR, Influenza A e rinovírus.

"A covid-19 tem se mantido em patamares baixos quando comparada com seu histórico de circulação”, afirma o levantamento. As exceções são os estados do Ceará e do Piauí, onde a covid é a principal causa de internação por SRAG entre os idosos.

Independentemente da alta de casos (ou não), a vacinação contra a covid-19 ainda é importante, já que o vírus continua a circular e a evoluir, o que é demonstrado pelas novas variantes. Inclusive, a KP.2 já foi identificada nacionalmente.

No Sistema Único de Saúde (SUS), as vacinas da covid estão disponíveis para crianças com mais de 6 meses. Além disso, os grupos prioritários, como idosos ou pessoas imunocomprometidas, podem receber doses de reforço.

Fonte: CDC, The Washington Post, Cleveland, InfoGripe    

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