A Justiça Federal de São Paulo anunciou um item que promete chamar a atenção no próximo leilão oficial do órgão, marcado para segunda-feira (8), a partir das 11 horas: uma unidade da Ferrari Dino 208 GT4, fabricada em 1975.
Mais do que o carro em si, uma raridade em se tratando do portfólio da marca do Cavalo Rampante, o que salta aos olhos é o lance inicial, estipulado em apenas R$ 1.902,50. O valor, irrisório quando comparado ao quanto vale o carro — R$ 350 mil, se estiver em boas condições — tem justificativa.
A Ferrari Dino que faz parte do lote do leilão do próximo dia 8, na verdade, está em péssimo estado de conservação, com restrições administrativas e judiciais em seu Renavam, pontos que dificultam e encarecem a regularização da documentação do carro a quem, por ventura, fizer o arremate. O lance de pouco menos de R$ 2 mil foi definido em cima do peso do carro (1.150 kg) e da cotação média do quilo do ferro (R$ 0,95 por kg).
Um outro ponto interessante a respeito do esportivo é que ele é o único exemplar desse modelo já registrado no Brasil. A Ferrari pertencia ao empresário Ferry Lazar, foi apreendida pela Polícia Civil em 2006, por suspeita de importação ilegal e, desde entãõ, ficou abandonada ao relento no pátio da Prefeitura de Santo André — o que explica seu péssimo estado de conservação.
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Restauração pode beirar R$ 1 milhão
Se você, amigo canaltecher, se empolgou com o valor baixo do lance inicial do leilão da Ferrari Dino e está pensando em levar o icônico carro italiano para casa, aqui vai um aviso que pode te fazer mudar de ideia.
O carro está em condições tão deploráveis que o custo de restauração pode beirar R$ 1 milhão, quase três vezes o valor de mercado de uma unidade similar. Caso ninguém demonstre interesse em arrematar o carro, ele será incorporado ao lote de um outro leilão, no dia 15, com lance inicial 50% menor do que o desta segunda-feira.