O foguete chinês Tianlong-3, da empresa comercial Space Pioneer, sofreu uma falha durante testes de ignição e caiu no último domingo (30), após ser lançado acidentalmente. O incidente ocorreu na instalação de testes de Gongyi, na China, na província de Henan.
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Em filmagens amadoras feitas pela população civil, é possível ver o primeiro estágio do foguete de nove motores ser acionado, e, subitamente, levantar voo, até parar — aparentemente desligando os motores — e cair horizontalmente nas montanhas. Normalmente, braçadeiras seguram os foguetes no lugar, especialmente em um teste de ignição estático, como este deveria ter sido.
O primeiro estágio Tianlong-3 atingiu o solo cerca de 50 segundos após o lançamento, explodindo o combustível de oxigênio em querosene líquida em uma grande nuvem de fogo e fumaça. Autoridades da província de Henan informaram ao jornal digital de Xangai The Paper que não houve feridos, já que a população havia sido evacuada do local antes dos testes.
O acidente do Tianlong-3
A Space Pioneer — que também pode ser chamada de Beijing Tianbing Technology — emitiu um comunicado informando sobre uma falha estrutural na conexão entre o corpo do foguete e a base de testes.
O computador de bordo do Tianlong-3 desligou os motores automaticamente após o lançamento acidental, levando o foguete a despencar cerca de 1,5 km a sudoeste do local de lançamento. Segundo a companhia, 850 toneladas de propelente foram queimadas.
Com o incidente, o lançamento orbital planejado para o projeto do Tianlong-3 deve sofrer atrasos — espera-se que o teste seja feito no espaçoporto de Wenchang, na ilha de Hainan. Segundo a mídia estatal chinesa, a Space Pioneer foi a primeira do país a conseguir um lançamento comercial em órbita com o Tianlong-2, lançado em 2023.
O Tianlong-3 é muito maior do que o seu antecessor, com 3,8 metros de diâmetro e um peso de decolagem de 590 toneladas, sendo capaz de levar 17 toneladas de carga até a órbita baixa da Terra. O desempenho é comparável ao do foguete Falcon-9, da SpaceX. O acidente ocorreu pouco tempo depois do sucesso chinês da Chang’e-6, que recuperou amostras do lado oculto da lua.
Fonte: Space Pioneer, The Paper
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