Monitoramento cardíaco não invasivo

Adesivos que atuam como mecanismo de defesa para o organismo  -  (crédito: UT University)
Adesivos que atuam como mecanismo de defesa para o organismo  - (crédito: UT University)
postado em 26/02/2024 06:00

Pesquisadores da University of Texas at Austin (UT) aprimoraram um adesivo flexível e portátil, que se conecta ao peito do paciente para monitoramento cardíaco contínuo e móvel fora de um consultório. O objetivo é que a tecnologia, no futuro, forneça uma melhor chance de detecção precoce de sinais de doenças no órgão.

Com apenas 2,5 gramas, a e-tatuagem, sem fio e autoadesiva, inclui dois sensores para detectar sinais cardíacos bioelétricos e é conectada a um aplicativo de celular para leitura dos dados coletados. O dispositivo funciona com uma bateria do tamanho de uma moeda de um centavo, com vida útil de mais de 40 horas e que pode ser facilmente trocada pelo usuário.

A tecnologia combina dois métodos de medição dos batimentos cardíacos: o eletrocardiograma (ECG), que mede o sinal elétrico do órgão, e a sismocardiografia (SCG), que mede o sinal acústico das válvulas cardíacas.

"Criamos uma e-tatuagem de peito vestível que poderia medir simultânea e sincronizadamente o ECG e o SCG para criar uma imagem mais abrangente do coração de maneira não invasiva. Os dados podem ser exibidos em tempo real e baixados para análise detalhada", explica Nanshu Lu, principal autora do estudo.

Aprovação

O dispositivo foi testado em cinco pacientes saudáveis em seus ambientes diários. Os resultados, publicados na revista Advanced Electronic Materials, mostram que a e-tatuagem apresentou uma baixa taxa de erro nas medições cardíacas em relação às opções de monitoramento atualmente disponíveis.

Segundo os autores, o trabalho demonstra que a e-tatuagem tem potencial como ferramenta de monitoramento cardiovascular ambulatorial de nível médico e de longo prazo. "Dispositivos vestíveis não invasivos e mais abrangentes podem permitir o monitoramento cardíaco em casa, ambulatorial, contínuo e de longo prazo, o que pode reduzir a duração e o custo da hospitalização e melhorar a qualidade de vida do paciente", enfatiza Lu.

O próximo passo do estudo envolve novos testes para validação dos resultados iniciais. A ideia é que a solução tecnológica seja utilizada em diferentes tipos de pacientes com alto risco de doenças cardiovasculares após cirurgia cardíaca.

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