TECNOLOGIA

Gigantes tecnológicos criam programa para combater abuso infantil on-line

As principais empresas de tecnologia vão compartilhar indícios de atividades que violem suas políticas contra a exploração infantil para agilizar a detecção

Gigantes tecnológicos, como Meta e Google, disseram, nesta terça-feira (7/11), que trabalham juntos em um novo programa para combater o abuso e a exploração sexual infantil na internet.

As crianças vítimas de abusos on-line são um problema crucial que os reguladores e as empresas tecnológicas têm urgência em resolver com medidas adequadas.

No novo programa, chamado Lantern, as principais empresas de tecnologia vão compartilhar indícios de atividades que violem suas políticas contra a exploração infantil para agilizar a detecção, além de remover e reportar o conteúdo problemático.

Estes alertas podem ser endereços de e-mail, hashtags ou palavras-chave que são usados para recrutar menores e abuscar deles ou vender material que envolve exploração ou abuso infantil.

"Até agora, não havia procedimento consistente para que as companhias colaborassem contra predadores que escapam da detecção nos serviços", disse Sean Litton, diretor-executivo da Tech Coalition, que reúne as empresas em torno do problema.

"O Lantern preenche este vácuo e põe o holofote nas tentativas em todas as plataformas de explotação e abuso on-line, ajudando a tornar a internet mais segura para as crianças", acrescentou.

Outras empresas que fazem parte da Tech Coalition são Snap e Discord.

O anúncio da Lantern ocorre no mesmo dia em que um ex-engenheiro sênior da Meta afirmou, durante uma audiência do Senado dos Estados Unidos, que os altos executivos, entre eles Mark Zuckerberg, ignoraram suas advertências de que os menores não estavam seguros nas plataformas da empresa.

"A Meta sabe o mal que as crianças experimentam em sua plataforma e os executivos sabem que suas medidas não conseguem alcançá-lo", disse Bejar.

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