A Universal Music Group anunciou nesta quarta-feira (6/9) uma parceria com a Deezer. Com o lançamento previsto para o final deste ano, o novo modelo de negócio vai se chamar Artist Centric e pretende remunerar melhor os artistas.
No atual modelo de streaming de música — criado há mais de 15 anos — o pagamento dos artistas e compositores é de acordo com o total de plays, isto é, quantas vezes as canções são reproduzidas. Com isso, apenas grandes artistas possuem contratos exclusivos e a maioria dos artistas recebem bem menos.
A expectativa das empresas é de que os pagamentos dos profissionais cresçam 10%. “Esta é a mudança mais ambiciosa no modelo econômico desde a criação do streaming de música e uma mudança que apoiará a criação de conteúdos de alta qualidade nos próximos anos”, disse Jerónimo Folgueira, CEO da Deezer.
Segundo as empresas, as melhorias que serão implementadas, são: o foco nos artistas, ou seja, a Deezer vai atribuir um duplo impulso ao que definem como “artistas profissionais” — aqueles que têm no mínimo mil streams por mês e no mínimo 500 ouvintes únicos — a fim de recompensá-los de forma mais justa pela qualidade e envolvimento que trazem para a plataforma e para os fãs.
Também vão recompensar conteúdos envolventes, aqueles que os fãs se envolvem ativamente, reduzindo a influência da programação algorítmica. Assim como vão desmonetizar os áudio com ruído que não é do artista. Isso porque as plataformas tiveram que lidar com uma avalanche de uploads de conteúdos e sons não-artísticos e de baixo engajamento.
A Deezer lançará o modelo na França, no quarto trimestre de 2023, com mercados adicionais a seguir.
*Estagiária sob supervisão de Ronayre Nunes
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