O The Bulimia Project, um grupo de conscientização sobre distúrbios alimentares, gerou imagens por meio da inteligência artificial que mostram como seriam os corpos femininos e masculinos "perfeitos". Com a ajuda dos geradores de imagens Dall-E 2, Stable Diffusion e Midjourney, o projeto mostrou as "representações mais irrealistas do corpo feminino".
A equipe do projeto descobriu que 40% das imagens geradas pela inteligência artificial mostravam tipos de corpos irreais, 53% retratavam tons de pele oliva e 37% das pessoas geradas tinham cabelos loiros.
Os resultados também mostraram que as imagens da mídia social eram mais carregadas sexualmente e continham partes do corpo mais desproporcionais e irrealistas.
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"Considerando que a mídia social usa algoritmos com base em qual conteúdo recebe os olhares mais demorados, é fácil adivinhar por que as renderizações da IA seriam mais sexualizadas. Mas podemos apenas supor que a razão pela qual a IA criou tantas versões estranhas dos físicos descobriu nas mídias sociais é que essas plataformas promovem tipos de corpo irreais, para começar", compartilhou a equipe no site do The Bulimia Project.
O projeto também descobriu que vieses racistas e sexistas são encontrados em geradores de inteligência artificial, além de serem tendenciosos em relação a tipos de corpo irreais.
"Na era dos filtros do Instagram e do Snapchat, ninguém pode alcançar razoavelmente os padrões físicos estabelecidos pelas mídias sociais, então, por que tentar atender a ideais irreais? No reino da realidade", informa o texto.