Nesta quinta-feira (15/9), é celebrado o Dia do Cliente e a data, além de homenagear os consumidores, tem como finalidade oferecer descontos, brindes e até mesmo estreitar a confiança entre marcas e clientes.
No entanto, datas comemorativas abrem brechas para fraudes e já são muito visadas pelos criminosos. Segundo a empresa de cibersegurança PSafe, o Brasil registra mais de mil tentativas de fraudes financeiras digitais por hora. De janeiro a julho, foram mais de 5 milhões de tentativas de crimes, contra 2,5 milhões registradas no ano passado — um aumento de 97%. Somente em julho, foram 1,3 milhão de investidas dos golpistas.
Segundo o perito em crimes digitais e CEO da Enetsec, Wanderson Castilho, os ataques virtuais estão em constante evolução e sendo aplicados por hackers cada vez mais audaciosos, e que sempre buscam novas formas de aplicar golpes.
“Basta um clique em um link suspeito para ter seus dados comprometidos. Por isso, o ideal é que empresas e pessoas comuns reforcem a segurança digital, já que a tendência é que os ataques continuem em alta e muito mais corriqueiros” pontua o especialista, que complementa: “97% dos crimes virtuais constituem da ajuda dos consumidores”.
Dicas para fugir de golpes
Se atente ao phishing
Esse golpe é tão comum que talvez você já tenha recebido e sequer percebeu. No inglês, significa “pescar”. Esse golpe tem como finalidade atrair a vítima e fazer com o que ela mesmo entregue seus dados aos golpistas. É através do envio de e-mails, mensagens de texto, ligações e até mesmo cópias idênticas de sites bastante conhecidos, que os criminosos, de forma bem genuína e atrativa, influenciam os consumidores a inserir seus dados pessoais, como login, senhas, e detalhes do cartão de crédito em páginas falsas para efetuar golpes.
Pesquise a empresa e cheque se o site é oficial
Verifique sempre se já existe reclamação do site que você irá realizar a compra. Além disso, Castilho recomenda checar às redes sociais da empresa, elas são ótimas aliadas para descobrir se existem reclamações dos consumidores. Verifique também o domínio do site, e observe se há erros de português, ou até fotos de má qualidade. “Um site falso tem diferenças bem sutis em comparação com os sites reais” alerta o perito.
Em caso de pagamento
Jamais deposite valores em contas desconhecidas. Por exemplo: o anúncio informa que o produto pertence a uma loja. No entanto, a conta enviada pelo vendedor é em nome de uma pessoa física. Se a loja está vendendo, provavelmente eles possuem uma conta de pessoa jurídica (CNPJ). Então, certifique todos os dados enviados e só deposite após ter certeza que as informações conferem.
Fuja de promoções e de falsa sensação de urgência
Os cibercriminosos tentam atrair os consumidores de diversas maneiras, mas Castilho explica que existem alguns métodos mais utilizados: emoção, descontos e falsa sensação de urgência. Por isso, desconfie sempre de preços que estão fora dos padrões ou abaixo do mercado, e de ofertas acompanhadas de frases como: 'Corra! Só restam duas unidades no estoque'. "Essa sensação de escassez faz com que o consumidor tenha sentimento de perda, e com medo de ficar sem o produto, acaba efetivando a compra sem pensar nos riscos", pontua.
“Antes de realizar qualquer compra, opte sempre pelo lugar que você conhece, ou que tenha uma boa reputação, pois o sentimento de ser enganado não vale nenhum desconto”, conclui Wanderson Castilho.
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