Rede social

Os argumentos do OnlyFans para banir pornografia da plataforma

Plataforma sofreu pressão de empresas parceiras para mudar suas políticas sobre conteúdo sexualmente explícito



O site OnlyFans, que oferece conteúdo por assinatura, anunciou que vai bloquear fotos e vídeos sexualmente explícitos a partir de 1º de outubro.

Algum conteúdo com nudez ainda poderá ser postado, mas precisa seguir as políticas do OnlyFans.

A decisão foi anunciada após pressão de bancos e empresas que oferecem meios de pagamento e que têm parcerias com a plataforma.

O site cresceu durante a pandemia de coronavírus e diz ter 130 milhões de usuários.

"A fim de garantir a sustentabilidade de nossa plataforma a longo prazo e continuar abrigando uma comunidade inclusiva de criadores e fãs, devemos evoluir nossas diretrizes de conteúdo", afirmou o OnlyFans em um comunicado.

Com sede em Londres, a plataforma fundada em 2016 pelo empresário Tim Stokely permite que criadores postem vídeos e fotos e disponibilizem esse conteúdo mediante pagamentos avulsos ou uma taxa mensal.

Por hospedar o material, o OnlyFans fica com uma parcela de 20% de todos os pagamentos.

Os criadores podem postar uma variedade de conteúdo, de culinária aos esportes, mas a plataforma é mais conhecida pela pornografia.

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Onlyfans permite que criadores compartilhem conteúdos variados, mas ficou conhecido pela pornografia

"Compartilharemos mais detalhes nos próximos dias, apoiaremos e orientaremos ativamente nossos criadores durante essa mudança nas diretrizes de conteúdo", afirmou a empresa.

"O OnlyFans permanece comprometido com os mais altos níveis de segurança e moderação de conteúdo em qualquer plataforma de mídia social. Todos os criadores são verificados antes de enviar qualquer conteúdo para OnlyFans, e todo o conteúdo carregado é checado por sistemas automatizados e moderadores humanos."

Em junho deste ano, a BBC News revelou que menores de 18 anos usaram identificações falsas para abrir contas no OnlyFans. Também foram encontrados vídeos sexuais de menores de idade.

Em resposta à reportagem, a empresa disse que excluiu as contas descobertas. Em julho, o primeiro relatório mensal de transparência da companhia informou ter desativado 15 contas que exibiam conteúdo sexualmente explícito de menores.


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